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20/03/2024 às 14:57, atualizado em 21/03/2024 às 09:56
Dia Nacional de Atenção à Disfagia alerta para a importância do diagnóstico para evitar futuras complicações
Dor ao engolir, engasgos, tosse durante ou logo após as refeições, demora para engolir, cansaço respiratório ao se alimentar, dentre outras dificuldades para deglutir sólidos, beber líquidos ou até engolir a própria saliva. Esses sintomas ganham destaque hoje, 20 de março, Dia Nacional de Atenção à Disfagia, nome para a condição clínica que pode ser transitória ou permanente. Casos negligenciados podem levar à desnutrição, desidratação e pneumonias.
“Dificuldade para engolir pode acontecer por vários motivos. Quando causar desconforto, durar muitos dias ou atrapalhar a qualidade de vida, isso deve chamar a atenção do paciente. Uma unidade básica de saúde (UBS) pode acolhê-lo e fornecer as orientações adequadas”, afirma o diretor de Estratégia Saúde da Família da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Sandro Rodrigues. O tratamento também pode ocorrer em unidades especializadas, a partir de encaminhamento.
“A disfagia é atendida em todos os níveis de saúde, desde as enfermarias pediátricas até os ambulatórios de geriatria, passando pelas enfermarias hospitalares, ambulatórios de saúde funcional e ambulatório de reabilitação”
Ocânia da Costa Vale, RTD em fonoaudiologia
A disfagia pode aparecer em diversas fases da vida, porém, idosos são mais suscetíveis. A ocorrência é maior em pessoas que sofreram traumas na face, acidente vascular cerebral (AVC), traumatismo cranioencefálico (TCE), diverticulites, câncer de cabeça e pescoço. Também acomete quem tem desnutrição e doenças neurológicas, como Parkinson, Alzheimer, demências, esclerose múltipla e esclerose lateral amiotrófica, dentre outras condições.
A SES-DF conta com uma rede de atendimento que abrange desde os casos simples até pacientes internados. “O objetivo é reabilitar o paciente para permitir uma deglutição segura”, conta a fonoaudióloga Ocânia da Costa Vale, referência técnica distrital (RTD) na área.
Fonoaudiólogos são os principais envolvidos no tratamento da disfagia. Porém, a abordagem é multiprofissional, envolvendo médicos, nutricionistas, fonoaudiólogos e outros especialistas, conforme a necessidade. “A disfagia é atendida em todos os níveis de saúde, desde as enfermarias pediátricas até os ambulatórios de geriatria, passando pelas enfermarias hospitalares, ambulatórios de saúde funcional e ambulatório de reabilitação”, explica a especialista.
Os núcleos de atenção domiciliar (NRADs) realizam assistência direcionada e acompanham os pacientes com a perspectiva de desospitalização, permitindo uma vida próxima da normalidade mesmo para quem necessita de cuidados regulares.
*Com informações da SES-DF