Bem-vindo(a) ao nosso site! Encontre informações essenciais e serviços para melhorar sua experiência cidadã. Explore e aproveite ao máximo!
Abaixo listamos as Secretarias, Órgãos e Entidades vinculados ao Governo do Distrito Federal, para acessá-los clique na lista ou pesquise.
Na lista abaixo são listadas todas as Administrações Regionais que compõe o Distrito Federal, para acessá-los clique na lista ou pesquise.
12/05/2024 às 10:21, atualizado em 12/05/2024 às 12:33
Fruta tem alta rentabilidade e não demanda grandes áreas para cultivo; em oito anos, número de produtores passou de 4 para mais de 50
Altamente nutritiva, de sabor e formato peculiares, a pitaya aos poucos tem conquistado o paladar do brasiliense. A fruta exótica chama a atenção dos consumidores nos pontos de venda, e representa uma alternativa rentável para diversas famílias e pequenos produtores do Distrito Federal.
Nesta sexta (10), a Emater-DF ofereceu oficina sobre técnicas de poda e cultivo da pitaya | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília
Na última sexta-feira (10), a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) recebeu cerca de 30 agricultores e especialistas para uma oficina sobre técnicas de poda e cultivo da espécie, na sede da Embrapa Cerrados, em Planaltina. Esta foi a sétima oficina do tipo, voltada para os interessados na fruta tropical.
“O plantio da pitaya é uma alternativa de renda e de diversificação de cultivo até na própria propriedade. Você pode produzir em um espaço pequeno e ter uma boa rentabilidade”
Felipe Camargo, coordenador de fruticultura da Emater
O mercado em ascensão e as facilidades no cultivo têm incentivado o crescimento do número de produtores de pitaya no DF, que entregam qualidade. Apenas nos últimos oito anos, o número de pessoas que investem na espécie saltou de quatro para 55 agricultores, com 17 hectares plantados.
Segundo o coordenador de fruticultura da Emater, Felipe Camargo, a chamada “fruta do dragão” oferece uma série de benefícios, especialmente porque produz um número significativo de frutos em áreas menores de plantio, com venda a preços atrativos. Em média, o quilo da pitaya é comercializado entre R$ 20 a R$ 30 no DF.
“O plantio da pitaya é uma alternativa de renda e de diversificação de cultivo até na própria propriedade. Você pode produzir em um espaço pequeno e ter uma boa rentabilidade, já que é uma fruta ainda tida como exótica, diferente, que tem um bom preço de mercado. É possível aproveitar até pequenas áreas para tirar uma renda muito maior”, destaca o agrônomo.
O cultivo da pitaya produz um número significativo de frutos e depende de áreas menores para o plantio
Poda e técnicas de cultivo
Durante a manhã, produtores que investem na fruta ou que pretendem começar a plantá-la aprenderam sobre boas práticas para gerenciar a produção de forma eficiente, e colocaram a mão na massa – ou melhor, nas tesouras. Os próprios participantes da oficina fizeram a poda e separaram as mudas para cultivarem em suas propriedades.
José Mário Amaral, de 60 anos, tem um pequeno pé na chácara dele, em Planaltina, e conta ter se encantado pelo sabor, qualidade e doçura da pitaya. “Eu acho que é uma fruta muito bacana, e estou animada para começar a cultivá-la. Aprendi hoje, com o técnico, que é possível gerar uma boa renda com a produção em maior escala, e o solo que eu tenho é próprio. Fiquei bastante animado e pretendo plantar alguns pés este ano”, afirma.
José Amaral tem um pequeno pé de pitaya na chácara dele, e vai aumentar a produção para gerar renda com a fruta
Assim como ele, José Eduardo Gonçalves de Azevedo, 54, pretende investir no plantio da espécie em uma área improdutiva dentro da propriedade, localizada no Núcleo Rural PAD-DF. “Estava buscando uma alternativa para essa área e a ideia é investir na pitaya, principalmente pela rentabilidade”, explica.
O agricultor já cultiva grãos e tem uma área dedicada à piscicultura. “Além do que eu já tenho, a pitaya tem um retorno rápido em um período curto e uma área pequena, e é uma boa alternativa para diversificar o meu plantio”.
José Eduardo de Azevedo pretende investir na espécie: “É uma boa alternativa para diversificar o meu plantio”
Novas alternativas
A oficina de sexta-feira foi fruto de uma parceria com a Embrapa Cerrados. De acordo com o pesquisador da instituição vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Fábio Faleiro, o trabalho junto à Emater-DF é fundamental para realizar a ponte com o produtor rural.
“Essa transferência da tecnologia desenvolvida pela Embrapa para os agricultores é muito importante quando a gente pensa em fruticultura, porque para produzir uma fruta bonita, de boa qualidade e competitiva no mercado, é necessário usar tecnologia”, destaca o especialista.
Quando se trata de produção agrícola, a categoria é destaque porque gera viabilidade econômica para pequenas propriedades, característica da maior parcela de produtores do DF. “A gente acredita muito nessa inclusão socioprodutiva para levar oportunidades para esses pequenos produtores, e a fruticultura, como a pitaya e o maracujá, por exemplo, são boas opções para essa população”, destaca Faleiro.