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22/05/2024 às 17:53, atualizado em 22/05/2024 às 18:07
Pelo segundo ano, Secretaria de Relações Internacionais acompanha representantes internacionais na maior feira de agronegócio do Planalto Central
Cerca de 25 representações internacionais visitaram, na manhã desta quarta-feira (22), a AgroBrasília – feira com foco em novas tecnologias e negócios para empreendedores rurais. A comitiva, composta por diplomatas de mais de 20 embaixadas, além de outros organismos internacionais, conheceu diversos espaços onde puderam ver de perto todo o potencial do agro no Cerrado.
“O dia está sendo maravilhoso para essa exibição muito importante para o meu país”, afirmou a embaixadora da Malásia, Gloria Corina Anak Peter Tiwet. “Estou vendo uma grande exposição sobre tecnologia, cidadania e pesquisas que podem ajudar a população. Fiquei muito interessada nas flores e no que Brasília pode nos oferecer neste segmento”, completou a diplomata.
As relações diplomáticas entre o Brasil e a Malásia foram estabelecidas em 1959 e, em 2018, o país foi o 8º maior parceiro comercial do Brasil na Ásia, de acordo com dados do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Se de um lado o interesse asiático foi pela inovação existente na área da floricultura, para os representantes africanos da Guiné, o foco estava nas tecnologias que podem ser adotadas na África. “É uma honra para nós estarmos aqui pela terceira vez. Sabemos que, sem a agricultura brasileira, muitas vidas se perderiam”, disse o primeiro-conselheiro e encarregado dos assuntos comerciais da República da Guiné, Amadu Bah. “Queremos aproveitar essas oportunidades para aprender, para desenvolver todos os tipos de cultura e de tecnologia, pois os países africanos têm clima e terras muito parecidos com os daqui”, concluiu.
O Dia Internacional na AgroBrasília foi acompanhado pelo secretário de Relações Internacionais do DF, Paco Britto. “O DF pode ser uma pequena unidade da Federação, mas é grande em seu potencial e sua produção”, destacou o secretário. “Temos clima, temos escoamento, temos um grande banco e crescemos a cada dia. Somente neste evento, no ano passado, o Brasil movimentou mais de R$ 5 bilhões. Então, acreditem: o Distrito Federal pode ser uma grande potência agrícola com sustentabilidade”, completou Paco.
Excelência
Para o diretor do Departamento de Promoção Comercial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Marcel Moreira, o “comprometimento dos agricultores brasileiros” faz toda a diferença para os resultados positivos do setor na economia do país. “Aqui, nós podemos ver toda a excelência do Brasil nas práticas sustentáveis da nossa agricultura, nossos compromissos ambientais e sociais, nosso corporativismo, toda tecnologia aplicada à nossa produção e, também, o comprometimento dos nossos agricultores”, frisou.
Na mesma linha, enfatizando as tecnologias para o campo, o chefe adjunto de Transferência de Tecnologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Fábio Faleiro, reforçou as conquistas, principalmente dos produtores do Cerrado, em transformar “uma terra improdutiva em terra de produção, uma verdadeira revolução. Podemos afirmar que o produtor rural brasileiro também é um ambientalista”, finalizou.
Durante a visita da comitiva, os espaços oferecidos pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) foram os mais concorridos. Os representantes internacionais visitaram exposições de tecnologias de diversos campos temáticos. “Uma iniciativa muito importante, porque mostra o que é a agricultura do país e do DF para o mundo”, afirmou o presidente da Emater-DF, Cleison Durval. “Todos perguntaram muito, se interessaram principalmente pela área da indústria, visitaram todos os circuitos e a expectativa é receber cada vez melhor esses visitantes para que possam divulgar a agricultura do Distrito Federal”.
“O aprendizado passado pela Emater-DF sobre embalagens, saneamento básico para armazenamento de alimentos, além de toda essa tecnologia, é recebido com bons olhos pelo nosso país. O Brasil é um exemplo, porque é pioneiro e o maior em agricultura tropical”, enfatizou o representante da Guiné, Amadu Bah. “Viemos para cá para aprender”, completou.
Estiveram presente na comitiva levada pela Serinter à AgroBrasília representantes da Alemanha, Angola, Chile, Chipre, El Salvador, Guiana, Guiné, Guiné Equatorial, Indonésia, Malásia, Mali, Malta, Nepal, Malawi, Rússia, Senegal, Trinidad e Tobago, Zâmbia e Zimbábue, entre outros.
*Com informações da Secretaria de Relações Internacionais