28/05/2024 às 14:54, atualizado em 29/05/2024 às 15:04

Hemocentro promove workshop sobre tratamento da doença falciforme

No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, estima-se que 60 mil pessoas vivem com a doença

Por Agência Brasília* | Edição: Ígor Silveira

Com o objetivo de atualizar os conhecimentos de profissionais que atuam na rede de saúde do Distrito Federal, a Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) promove, no dia 4 de junho, o workshop Falciforme em foco: atenção integral e estratégias clínicas. O evento será realizado no auditório da FHB, das 14h às 19h. As inscrições podem ser realizadas até 3 de junho pelo formulário disponível online.

O workshop é destinado a médicos, enfermeiros, estudantes, residentes e equipes multiprofissionais que atuam nos serviços de urgência e emergência, atenção primária, ambulatórios especializados, agências transfusionais e nos serviços que compõem a rede de atenção integral aos pacientes com doença falciforme.

O evento será realizado no auditório da FHB, das 14h às 19h. As inscrições podem ser realizadas até 3 de junho pelo formulário disponível online | Foto: Divulgação/FHB

“É importante levar para as equipes de saúde o tema da doença falciforme e da atenção integral a esses pacientes, proporcionando espaço para atualização profissional, com objetivo de garantir assistência efetiva e humanizada”, explica o chefe da Unidade Técnica da Fundação Hemocentro de Brasília e presidente do Comitê Técnico de Hemoglobinopatias Hereditárias do Distrito Federal (CTHH), Marcelo Jorge Carneiro.

No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, estima-se que 60 mil pessoas vivem com a doença falciforme. A cada ano, 3.500 novos casos são diagnosticados. O Distrito Federal é uma das unidades federativas com maior número de pacientes cadastrados. Atualmente, existem 1.396 pessoas com doença falciforme no DF.

Segundo o presidente do CTHH, o tratamento realizado em pacientes com doença falciforme ainda possui um importante caminho de evolução clínica. “O tratamento da doença falciforme tem como objetivo prevenir as crises e as complicações da doença que podem exigir hospitalizações e assistência em emergências, sobretudo quando não há continuidade do tratamento. Existem novos medicamentos, transplantes e terapias em estudo que podem ampliar, com qualidade, a vida média dessas pessoas”, completa.

No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, estima-se que 60 mil pessoas vivem com a doença falciforme. A cada ano, 3.500 novos casos são diagnosticados. O Distrito Federal é uma das unidades federativas com maior número de pacientes cadastrados

A Fundação Hemocentro de Brasília é o órgão coordenador da Política da Atenção Integral aos Pacientes com Doença Falciforme no âmbito da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) e do Comitê Técnico de Hemoglobinopatias Hereditárias do Distrito Federal.

Conscientização

O Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme foi instituído em 19 de junho de 2008 pela Organização das Nações Unidas (ONU). A proposta é que o conhecimento sobre a enfermidade seja difundido, para facilitar o diagnóstico precoce e o tratamento por toda a rede pública.

O diagnóstico precoce é feito pelo teste do pezinho, realizado em recém-nascidos dentro do Programa de Triagem Neonatal. A criança, então, passa a ser acompanhada regularmente no Hospital da Criança de Brasília (HCB), com uma equipe especializada, esquema especial de vacinação e suplementação com ácido fólico. A família recebe apoio, orientações e técnicas de autocuidado.

Doença falciforme

A doença falciforme é uma das enfermidades genéticas e hereditárias mais comuns no Brasil. Ela se caracteriza por um defeito na estrutura da hemoglobina – proteína responsável por transportar o oxigênio pelo organismo – que faz com que as hemácias tenham a forma de foice ou lua minguante. Por essa razão, a doença é classificada como uma hemoglobinopatia.

A pessoa com a doença falciforme pode sofrer com anemia, crises de dor e maior suscetibilidade a infecções. Podem ocorrer riscos de infarto de órgãos, como o acidente vascular cerebral.

O teste do pezinho, realizado em bebês entre o 3º e 5º dia de vida, é essencial para garantir o diagnóstico e o início precoce do tratamento, prevenindo infecções e outras complicações.

Serviço

Workshop Falciforme em foco: atenção integral e estratégias clínicas
Quando: 4 de junho, de 14h às 19h
Onde: Auditório da Fundação Hemocentro de Brasília – BL 3 – SMHN conjunto A – Asa Norte
Público-alvo: Profissionais de saúde
Inscrições: bit.ly/falciformeemfoco

*Com informações da Fundação Hemocentro de Brasília (FHB)