07/06/2024 às 14:29, atualizado em 07/06/2024 às 15:12

Seleção temporária de brigadistas florestais do DF entra na fase final

Testes de aptidão física e de habilidades no uso de ferramentas agrícolas garantem que os candidatos estejam preparados para prevenir e combater incêndios florestais no Cerrado

Por Victor Fuzeira, da Agência Brasília | Edição: Ígor Silveira

O processo seletivo para contratação temporária de 150 brigadistas florestais pelo Governo do Distrito Federal (GDF) entrou na fase final com a realização dos testes de Aptidão Física (TAF) e de Habilidades no Uso de Ferramentas Agrícolas (Thufa). As provas têm caráter classificatório e estão previstas no Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PPCIF).

O TAF aplicado pelo Instituto Brasília Ambiental consiste em uma série de atividades rigorosas projetadas para avaliar a capacidade física dos candidatos a brigadistas florestais. Um dos principais exercícios é uma caminhada de 2,5 km carregando uma mochila costal cheia d’água, pesando aproximadamente 20 kg, simulando as condições reais enfrentadas no combate a incêndios.

As provas têm caráter classificatório e estão previstas no Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PPCIF) | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

O Thufa, por sua vez, testa a competência dos participantes na utilização de ferramentas essenciais para a prevenção de incêndios. Durante o teste, eles devem limpar uma área de 15 m² de maneira rápida e eficiente, simulando a confecção de aceiros – barreiras para impedir a propagação do fogo.

As provas foram aplicadas entre quinta-feira (6) e esta sexta-feira (7) em área de Cerrado do Parque Ecológico Ezechias Heringer, no Guará, e garantem que os selecionados terão a resistência e habilidades técnicas necessárias para realizar as atividades exigidas pelo cargo. O resultado preliminar sai no dia 12 de junho. “O TAF e o Thufa são mais uma etapa classificatória para a seleção dos novos brigadistas florestais, chefes de esquadrão e supervisores de brigada. Estes são os três cargos contemplados no nosso concurso temporário”, detalha o superintendente da Unidade de Conservação da Biodiversidade, João Paulo Alves.

O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, comenta que esta é a primeira vez que o certame ocorre antes do início das secas, quando há maior incidência de queimadas florestais no DF | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Segundo o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, esta é a primeira vez que o certame ocorre antes do início das secas, quando há maior incidência de queimadas florestais no DF. “Antes, demorava muito e muitos podem questionar por qual motivo estamos fazendo esse processo seletivo em junho, quando ainda não há queimada. Mas esses brigadistas não vão apenas combater incêndios, eles também nos ajudarão a fazer todo o trabalho de prevenção”, explica.

“São homens e mulheres especializados na brigada e combate ao incêndio florestal e é muito importante que eles venham a somar com o nosso corpo técnico para, assim, diminuirmos ainda mais a área queimada. De 2022 para 2023, nós já a reduzimos em 68% e, neste ano, queremos avançar mais”, prosseguiu o presidente do instituto.

PPCIF

O PPCIF é uma iniciativa coordenada pela Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema) que visa reduzir a incidência e o impacto dos incêndios florestais nas unidades de conservação do Distrito Federal, garantindo a proteção do Cerrado.

O plano envolve a integração de várias entidades parceiras. “Dele participam 22 instituições, o Instituto Brasília Ambiental é o órgão executor da Sema, vinculado à pasta”, acrescenta Carolina Schubart, coordenadora do PPCIF.

Todos atuam no desenvolvimento de estratégias preventivas e reativas para proteger e preservar a biodiversidade local. “Uma dessas ações é justamente esse teste: ele irá nos mostrar se candidato tem aptidão e condicionamento físico para o cargo que pretende assumir, de brigadista florestal”, prossegue.

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