12/06/2024 às 16:37, atualizado em 13/06/2024 às 10:03

Parceria promove a ressocialização do público trans na Penitenciária Feminina

Funap aposta na inclusão e na capacitação para promover dignidade de vida e trabalho

Por Agência Brasília* | Edição: Chico Neto

A busca por uma sociedade mais inclusiva e justa ganha força com a iniciativa inovadora da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), órgão vinculado à Secretaria de Justiça e Cidadania do DF (Sejus), em colaboração com a Secretaria de Segurança Penitenciária (Seape).

Essa parceria se destaca ao oferecer oportunidades inéditas de capacitação e ressocialização para pessoas trans na Penitenciária Feminina do DF (PFDF). Para acomodar essa nova realidade, o Centro de Progressão Penitenciária (CPP) inaugurou, nesta quarta-feira (12), uma cela específica para pessoas trans, promovendo dignidade e ressocialização.

Na Penitenciária Feminina, Funap inaugurou uma cela específica para pessoas trans e oferece oficinas para capacitação profissional | Foto: Divulgação/Funap

Historicamente marginalizado, o público trans enfrenta desafios imensos, tanto na sociedade quanto no mercado de trabalho. A pesquisa da Funap revelou uma demanda significativa por inclusão profissional para pessoas trans. A resposta foi imediata e positiva: 20 reeducandas trans que se cadastraram na fundação receberam ofertas de trabalho e estão com contratos firmados.

Capacitação

“Enfrentando discriminação e exclusão, essas pessoas encontram na capacitação profissional uma chance de romper esse ciclo e reintegrar-se efetivamente à comunidade após o cumprimento da pena”

Deuselita Martins, diretora-executiva da Funap

No cerne dessa iniciativa está o curso de crochê oferecido pela Funap na Penitenciária Feminina do DF (PFDF). Voltado para aproximadamente 20 mulheres trans, o curso oferece aulas de crochê e tricô durante as quais as participantes criam peças para doação. Além de ocuparem o tempo, essas atividades ajudam a desenvolver habilidades que podem ser aplicadas tanto dentro quanto fora do ambiente prisional.

“Enfrentando discriminação e exclusão, essas pessoas encontram na capacitação profissional uma chance de romper esse ciclo e reintegrar-se efetivamente à comunidade após o cumprimento da pena”, afirma a diretora-executiva da Funap, Deuselita Martins. 

A parceria efetiva entre a Funap e a Seape é importante para proporcionar formação profissional adaptada às necessidades e realidades das reeducandas trans. A oferta de cursos profissionalizantes para pessoas trans na PFDF é um passo significativo em direção à inclusão e à ressocialização no sistema prisional.

Capacitando essas pessoas e preparando-as para o mercado de trabalho, a Funap contribui para a construção de uma sociedade mais justa. O objetivo é implementar políticas públicas voltadas para a inclusão e reintegração de pessoas trans em todas as esferas da sociedade.

*Com informações da Funap