12/06/2024 às 16:14

Testes da Caesb comprovam a qualidade da água do Lago Paranoá

Dos sete locais pesquisados, seis apresentam boas condições de balneabilidade

Por Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader

A qualidade da água do Lago Paranoá foi atestada por testes realizados pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). As amostras foram coletadas entre 3 e 7 de junho, durante a Semana do Meio Ambiente. Os resultados apresentados na terça-feira (11) confirmam que seis das sete áreas coletadas estão em plenas condições de balneabilidade.

Os sete pontos de coleta foram: Parque de Lazer Norte, Deck Norte, Estação Experimental da UnB, Estação Tratamento de Esgotos Norte (ETE Norte), Enseada da ETE Norte, Associação dos Servidores da UnB e Minas Tênis Clube. Apenas a área da ETE Norte não apresentava condições de balneabilidade.

O biólogo Bruno Dias Batista reforça que “a qualidade da água nesses locais é própria para ser usada para nadar, mergulhar e para a prática de atividades esportivas e de lazer” | Fotos: Caesb/Divulgação

Nos outros seis pontos de coleta, a pesquisa apresentou resultado semelhante a testes anteriores, que já apontavam as boas condições de balneabilidade. “A qualidade da água nesses locais é própria para ser usada para nadar, mergulhar e para a prática de atividades esportivas e de lazer”, ressaltou o biólogo Bruno Dias Batista, mestre em planejamento ambiental e coordenador de Análises Biológicas e Limnológicas do Laboratório Central da Caesb.

No caso da região da ETE Norte, o local é uma área de lançamento de esgoto tratado. O esgoto despejado ali, mesmo após tratamento, contém impurezas, que são diluídas natural e gradativamente à medida em que se misturam às águas do Paranoá.

As medições dos níveis de pH são feitas semanalmente por técnicos da Caesb

Os parâmetros de balneabilidade são definidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Para a presença da bactéria Escherichia coli, o limite aceitável é de 800 dessas bactérias para 100 mililitros de água. O teste da Caesb apontou que a menor taxa de bactérias foi encontrada na área do Minas Tênis Clube: apenas 3,1 bactérias por 100 mililitros. A maior foi na área da ETE Norte (acima de 2.419), tornando-a imprópria para banho.

Controle de qualidade

A Caesb mantém um programa de balneabilidade, por meio do qual avalia, acompanha e controla a qualidade da água do Paranoá. Semanalmente, 10 locais são avaliados; e mensalmente, 34 pontos são monitorados.

As medições dos níveis de pH são feitas semanalmente e no próprio local da coleta das amostras, realizada por técnicos da Caesb. Já as amostras da quantidade de bactérias (a Escherichia coli) e de algas são enviadas e analisadas no laboratório central da companhia.

O biólogo Bruno Batista ressalta que o laboratório da Caesb é reconhecido em nível internacional e que os processos de análise são avaliados periodicamente pela Coordenação Geral de Acreditação do Instituto Nacional de Metrologia (CGCRE-Inmetro). Além disso, os resultados das análises são submetidos a órgãos de controle e fiscalização, como a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa) e o Instituto Brasília Ambiental.

Na última avaliação, a CGCRE-Inmetro atestou a competência do laboratório central da Caesb para aferir a qualidade tanto da água do Lago Paranoá quanto da que é distribuída pela rede da companhia. As condições de balneabilidade podem ser acompanhadas no Mapa de Balneabilidade, no portal da Caesb.

*Com informações da Caesb