24/06/2024 às 14:04, atualizado em 25/06/2024 às 15:22

Grupo de trabalho que beneficia programas ambientais é reestruturado

Trabalho conjunto utiliza recursos de compensação florestal na ordem de R$ 2 milhões para auxiliar produtores rurais a se regularizarem ambientalmente

Por Agência Brasília* | Edição: Carolina Caraballo

O Instituto Brasília Ambiental reestruturou o grupo de trabalho (GT) que executa a parceria com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Distrito Federal (Seagri) e a Fundação Banco do Brasil (FBB). O trabalho conjunto beneficia o Programa de Regularização Ambiental (PRA) e o programa Reflorestar, utilizando recursos de compensação florestal na ordem de R$ 2 milhões. A reformulação foi publicada nesta segunda-feira (24), no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), por meio da Instrução n° 130, de 19 de junho de 2024.

Parceria tem o objetivo de produzir 120 mil mudas em três anos e alcançar, em média, 100 propriedades rurais | Foto: Divulgação/ Brasília Ambiental

O GT existe desde o ano passado e conta com representantes da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) e da Unidade de Educação Ambiental (Educ) do Instituto, além de integrantes do Reflorestar, da Seagri, e da FBB. Sua reestruturação visa a inclusão de membros do Brasília Ambiental.

O projeto de parceria utiliza recursos de compensação florestal para dois fins: aumentar a capacidade de produção de mudas do viveiro da Granja do Ipê, que faz parte do programa Reflorestar, e auxiliar os produtores rurais a se regularizarem ambientalmente, dentro das exigências do Cadastro Ambiental Rural (CAR), via adesão ao PRA. O cadastro é gerido pelo Instituto.

Além de distribuir mudas, o programa sensibiliza os produtores por meio da educação ambiental, realiza visitas técnicas para avaliar a necessidade de regeneração, e definir as espécies e quantidades de mudas a serem utilizadas

O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, explicou que a capacidade de produção de mudas da Granja do Ipê será ampliada, o que auxiliará os pequenos produtores rurais a se regularizarem ambientalmente. “Essa parceria tem o objetivo de produzir 120 mil mudas em três anos e alcançar, em média, 100 propriedades rurais”, disse o dirigente.

O recurso será usado também para a capacitação em viveirismo, com o oferecimento de cursos ministrados pelos técnicos da Seagri, para os agentes de parque do Brasília Ambiental. A pasta entra na parceria ainda disponibilizando 20 mil mudas para o Instituto utilizar em eventos.

O programa Reflorestar visa à recuperação ambiental das áreas rurais do DF, fornecendo mudas nativas do cerrado para regenerar áreas de preservação permanente (APP) e recompor reservas legais (RL). Realizado na Granja Modelo do Ipê, no Park Way, o programa produz 54 espécies de mudas, contribuindo para a recuperação de 800 hectares no Distrito Federal.

Além de distribuir mudas, o programa sensibiliza os produtores por meio da educação ambiental, realiza visitas técnicas para avaliar a necessidade de regeneração, e definir as espécies e quantidades de mudas a serem utilizadas.

“O Reflorestar é de grande importância para o meio ambiente. Em parceria com o produtor rural, recompomos boa parte daquilo que foi perdido de vegetação nativa. Nós auxiliamos com a doação das mudas e o produtor se compromete em fazer o plantio e cuidar delas até que atinjam o seu porte ideal. Esse projeto impacta diretamente na produção de água, na conservação de solo que, direta ou indiretamente, chega na nossa mesa por meio de alimentos e nas nossas torneiras por meio de água para o consumo”, aponta o secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno.

*Com informações do Instituto Brasília Ambiental e da Seagri