01/07/2024 às 18:01

Ação de acolhimento a pessoas em situação de rua visita mais sete pontos do Plano Piloto

Abordagem visa prestar assistência à população e ofertar políticas públicas de acesso a capacitação, auxílio socioassistencial e cadastro para habitação

Por Catarina Loiola, da Agência Brasília | Edição: Carolina Caraballo

A ação coordenada do Governo do Distrito Federal para acolher pessoas em situação de rua teve continuidade nesta segunda-feira (1º). A operação passou por sete pontos estratégicos do Plano Piloto para dar assistência e abrigo aos indivíduos interessados. Essa é mais uma atividade que integra o Plano de Ação para a Efetivação da Política Distrital para a População em Situação de Rua.

Ação coordenada do GDF para acolher pessoas em situação de rua passou por sete pontos do Plano Piloto | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília

A equipe prestou atendimento a 21 pessoas, com oferta de serviços nas áreas de saúde, qualificação e emprego, moradia e acolhimento. Durante a operação, houve o recolhimento de 14 estruturas de lona e madeiras. Os servidores atuaram em pontos na Quadra 601 Norte, na entrada da Universidade de Brasília, nas proximidades do Setor de Embaixadas Norte, na Vila Planalto, na Quadra 615 Norte, na L2 Norte, na Quadra 415 Norte e no final do Eixo Norte, próximo ao viaduto.

Durante as abordagens, o GDF oferece aos moradores em situação de rua serviços de saúde, educação, assistência social, orientação sobre tratamento a animais domésticos, benefícios e políticas públicas

Acolhimento

O Plano de Ação para a Efetivação da Política Distrital para a População em Situação de Rua é referência para o país, já que o GDF foi a primeira unidade da Federação a apresentar um plano de política pública depois da suspensão pelo Supremo Tribunal Federal no ano passado das ações de abordagens da população de rua.

Durante as abordagens, o GDF oferece aos moradores em situação de rua serviços de saúde, educação, assistência social – vagas em abrigos –, orientação sobre tratamento a animais domésticos, benefícios – a exemplo do deslocamento interestadual e benefício excepcional no valor de R$ 600 para quem não consegue arcar com aluguel – e políticas públicas, como vagas no programa de qualificação profissional RenovaDF e cadastramento para unidades habitacionais.

O objetivo é atender até 2 mil pessoas em situação de rua, a mesma quantidade de novas vagas que passarão a ser ofertadas nos abrigos da cidade

O plano começou a entrar em ação após uma fase de teste, em maio, quando o GDF fez ações na Asa Sul e em Taguatinga, atendendo cerca de 50 pessoas com assistência social e oferta de serviços públicos.

Ao longo das próximas semanas, as operações devem ser realizadas em outras regiões administrativas. O objetivo é atender até 2 mil pessoas em situação de rua, a mesma quantidade de novas vagas que passarão a ser ofertadas nos abrigos da cidade, segundo previsto em edital.

Política pública

Em 27 de maio, o GDF deu mais um passo para a implementação de políticas públicas de atendimento e inclusão social dos cidadãos em vulnerabilidade, com a oficialização do Plano de Ação para a Efetivação da Política Distrital para a População em Situação de Rua. A concretização do protocolo se deu com a assinatura do governador Ibaneis Rocha do acordo de cooperação técnica que incentiva o desenvolvimento e monitora as ações para as pessoas em situação de rua, e do decreto que regulamenta a reserva mínima, para este público, de 2% das vagas de trabalho em serviços e obras públicas.

Durante a operação desta segunda (1º), houve o recolhimento de 14 estruturas de lona e madeiras; equipe prestou atendimento a 21 pessoas

O acordo de cooperação técnica envolve o GDF, representado pela Casa Civil, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), por meio das comissões de Defesa dos Direitos Fundamentais (CDDF) e de Planejamento Estratégico (CPE), e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). A resolução estabelece o plano de ações para executar políticas em assistência social, educação, saúde, cidadania, cultura, habitação, trabalho e renda voltadas para a população mais vulnerável do DF. O pacto tem o intuito de promover a defesa dos direitos das pessoas em situação de rua, bem como facilitar a troca de informações e o acompanhamento das políticas públicas pelo Ministério Público.

O decreto regulamenta a Lei nº 6.128, de 1º de março de 2018, para promover a inclusão socioeconômica das pessoas em situação de rua, que terão uma reserva de 2% nas vagas das empresas contratadas para realizar serviços e obras na administração pública do Distrito Federal. Além disso, o governo anunciou um novo ciclo do RenovaDF, programa de capacitação profissional na área de construção civil, com o intuito de preparar as pessoas em situação de rua para a futura contratação.