22/07/2024 às 12:54, atualizado em 22/07/2024 às 12:55

Cãozinho conquista pacientes e servidores no Caps do Riacho Fundo

Oficinas e atividades do centro se beneficiam com a presença de Caramelo, cachorro de 5 anos resgatado das ruas

Por Agência Brasília* | Edição: Carolina Caraballo

Impossível não sorrir com esse terapeuta de quatro patas. Caramelo é o nome do cachorro de 5 anos que se tornou presença constante nas turmas de terapia do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) II do Riacho Fundo desde abril. Mais que um mascote, o cãozinho virou símbolo de amor e cuidado, mostrando que, muitas vezes, um amigo de quatro patas pode ser o melhor remédio.

Mais que um mascote, Caramelo tornou-se símbolo de amor e cuidado, mostrando que um amigo de quatro patas pode ser o melhor remédio | Foto: Divulgação/ SES-DF

Caramelo foi levado ao Caps por uma funcionária da limpeza, que o encontrou debaixo de um viaduto. Ele estava muito magro e maltratado. Quem recebeu o bichinho foi a técnica em enfermagem Cássia Garcia. Terapeuta comunitária e coordenadora de oficinas do local, Cássia logo levou o cachorro para participar das atividades terapêuticas e das reuniões técnicas do Caps.

O impacto de Caramelo no ambiente é inegável. Além de participar ativamente das atividades, ele conquistou o carinho e o respeito de todos. “Sua presença trouxe alegria e um tipo especial de terapia que palavras não conseguem descrever”, destaca a coordenadora das oficinas.

O cachorrinho de 5 anos participa das atividades terapêuticas no Caps

Hoje, Caramelo está bem diferente daquele cãozinho magro e cheio de carrapatos que chegou ao Caps. Ele está saudável e conhece quase todo mundo da unidade de saúde. “Agora usa coleira, não é mais um cachorro de rua. Ele foi criando respeito, afinal, é parte da nossa equipe”, explica. “Agora a gente vai conseguir o certificado de cão-terapeuta para ele”.

A Terapia Assistida por Animais (TAA), ou pet terapia, tem como objetivo promover o bem-estar físico, emocional, social e cognitivo dos pacientes. A TAA é recomendada em diversas situações, incluindo o tratamento de pessoas acamadas, hospitalizadas, com deficiências físicas ou intelectuais, bem como a pacientes com doenças psiquiátricas.

A diretora de Serviços de Saúde Mental da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES), Fernanda Falcomer, acredita que a iniciativa é positiva. “Os animais têm uma habilidade especial de compreender e suavizar situações difíceis, ajudando as pessoas a superar seus próprios limites”, explica. 

Saúde mental

A Secretaria de Saúde está fortalecendo a rede de saúde mental no DF. Além da contratação de residências terapêuticas, é planejada a implantação de mais cinco unidades do Caps até o início de 2026. Dois serão destinados ao público infantojuvenil (Capsi), no Recanto das Emas e em Ceilândia, e outros dois ao tratamento em tempo integral de distúrbios causados pelo abuso de álcool e outras drogas (Caps III AD), no Guará e em Taguatinga. A quinta unidade deve ser implementada no Gama, com atendimento previsto para começar em 2025 e funcionamento 24 horas.

O serviço de saúde mental também tem como porta de entrada a rede de 176 unidades básicas de saúde.

*Com informações da Secretaria de Saúde