26/07/2024 às 10:13

Pesquisa fará diagnóstico da qualidade dos cafés produzidos no Distrito Federal

A ideia é identificar características dos produtos locais que possam resultar em uma Indicação Geográfica; produtores têm até o dia 15 de agosto para participar

Por Agência Brasília* | Edição: Carolina Caraballo

Produtores de café do Distrito Federal estão sendo mobilizados para participar de uma pesquisa coordenada pela Universidade de Brasília (UnB), com apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater) e financiamento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), para um diagnóstico da qualidade dos cafés produzidos na capital do país.

Pesquisa coordenada pela UnB em parceria com a Emater vai mapear as características do café produzido no DF para estudar a possibilidade de registro de Indicação Geográfica | Foto: Divulgação/ Emater-DF

O objetivo é analisar as características químicas e sensoriais dos cafés para avaliar a possibilidade de registro de Indicação Geográfica (IG) dos grãos produzidos no DF. A IG é conferida a produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem, o que lhes atribui reputação, valor intrínseco e identidade própria, além de distingui-los em relação aos seus similares disponíveis no mercado. São produtos que apresentam uma qualidade única em função de recursos naturais, como solo, vegetação e clima, e de características da produção.

A pesquisa conta com formulário que deve ser preenchido até o dia 15 de agosto pelos produtores de café. A partir das respostas, alguns produtores serão selecionados e amostras das safras 2024 e 2025 serão coletadas por técnicos da Emater, que também farão a avaliação de algumas características da produção e coleta de amostras de solo.

As amostras serão analisadas pela UnB, pela Embrapa Cerrados e pelo Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), por meio de análises químicas e sensoriais que vão possibilitar a caracterização do terroir dos cafés do DF. O terroir é o local específico onde os grãos foram plantados, cultivados, colhidos e processados, interferindo no desenvolvimento do café. Assim, terroir é tudo o que está em torno do café e o afeta de uma maneira única, que não se encontraria em outra região ou propriedade. 

Outro ponto a ser analisado é o banco de dados de clima a partir da geolocalização de cada produtor, por meio do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). As informações vão avaliar como são as variações climáticas no DF e como interferem no cultivo do café.

A partir de todas essas informações, caso os cafés do DF tenham características únicas, será possível fazer o registro de Indicação Geográfica, o que agrega valor aos grãos produzidos e maior renda aos produtores.

Para participar da pesquisa, os produtores de café devem procurar o escritório da Emater mais próximo da sua propriedade. Dúvidas em relação à pesquisa e ao projeto podem ser sanadas com Lívia de Lacerda de Oliveira, na Universidade de Brasília, pelo telefone (61) 99267-4818.

*Com informações da Emater