29/07/2024 às 08:32, atualizado em 29/07/2024 às 09:12

Saúde leva prevenção e material educativo à 25ª Parada do Orgulho LGBTQIAPN+

Preservativos externos, gel lubrificante e autotestes foram distribuídos durante o evento, realizado na Esplanada dos Ministérios

Por Agência Brasília* | Edição: Chico Neto

Neste domingo (28), a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES) marcou presença na 25ª Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ de Brasília. Foram ofertados aos participantes insumos de prevenção – como preservativos externos, gel lubrificante e autotestes -, assim como materiais educativos sobre HIV/Aids, tuberculose, hepatites virais e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). 

Foco da participação das equipes da Secretaria de Saúde foi a conscientização, com respeito à diversidade | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde

Além dos insumos, a SES distribuiu material disponibilizado pelo Ministério da Saúde, que incluía tatuagens temporárias, bolsinhas para carregar os autotestes e preservativos e um leque com a mandala da prevenção combinada. 

“É a oportunidade de aproveitar um momento de luta e de celebração para chamar a atenção para as estratégias de prevenção combinada e tirar as dúvidas desse público específico”, ressaltou a assistente social Fabiana Borges.

Conscientização

 Com início marcado para as 14h, a 25ª Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ percorreu a Esplanada dos Ministérios, com concentração em frente ao Congresso Nacional, e contou com a apresentação musical de diversos artistas. 

88 mil

Número de habitantes do DF com mais de 18 anos que se identificam como LGBTQIAPN+, segundo estudos do IPEDF

De acordo com o último estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), cerca de 88 mil moradores do DF com 18 anos ou mais se identificaram como LGBTQIAPN+, cifra correspondente a 3,8% da população.

O estudante de medicina e ativista Lucas Pucarato, 22, considera que a realização da parada em Brasília é importante para conscientizar as demais regiões do país sobre os direitos da comunidade. “É um evento que representa a luta não só por direitos iguais, mas pelo direito de sermos nós mesmos sem sofrer violência”, declarou.

Participante de edições anteriores, ele avalia que a presença do setor da Saúde é importante para ampliar o debate sobre o tema entre a população. “Os materiais educativos sobre saúde sexual, além de quebrarem tabus, desconstroem estigmas que afastam as pessoas dos serviços de saúde”, lembrou. “E uma pessoa bem-informada, que conhece as formas de se proteger, é uma pessoa empoderada sobre a própria saúde”, explicou.

Contra o preconceito

“A presença da Secretaria de Saúde reforça o compromisso com a inclusão e a saúde pública, demonstrando a união na construção de uma sociedade mais justa e informada”

Beatriz Maciel Luz, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis

A gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES, Beatriz Maciel Luz, reforçou que a participação da pasta na parada é fundamental para promover a conscientização sobre as ações de prevenção combinada ao HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis. 

“Este evento representa um esforço significativo na luta contra o preconceito, uma das principais barreiras ao acesso à prevenção e ao tratamento”, afirmou. “A presença da Secretaria de Saúde reforça o compromisso com a inclusão e a saúde pública, demonstrando a união na construção de uma sociedade mais justa e informada.”

Uma das diretoras do coletivo Distrito Drag, Ruth Venceremos, vê a realização da parada LGBTQIAPN+ em Brasília como um marco para trazer à tona a importância dos direitos desta população. Durante a parada, o grupo lançou a campanha Existir com Direitos, distribuindo cartazes, camisetas e ecobags sobre a garantia de direitos da comunidade. 

“É importante a presença de serviços de Saúde em eventos como este, porque reafirmam a posição do SUS [Sistema Único de Saúde ] como um patrimônio da sociedade brasileira, como um serviço essencial e que chega até a ponta, em todos os lugares”, lembrou.

*Com informações da Secretaria de Saúde