02/09/2024 às 08:59, atualizado em 02/09/2024 às 09:15

Paciente do HSol realiza o sonho de ir ao circo pela primeira vez na vida

Internado há sete meses, seu Francisco viveu um dia inesquecível assistindo ao espetáculo

Por Agência Brasília* | Edição: Chico Neto

Francisco Beserra da Silva, 73, viu um de seus sonhos se tornar realidade neste domingo (1º). Internado há sete meses, o paciente, que já morou nas ruas e enfrentou uma série de desafios na vida, foi levado pela equipe do Hospital Cidade do Sol (Hsol) para assistir ao espetáculo do Circo Khronos, que está montado nas proximidades do hospital.

Mesmo com limitações na fala, seu Francisco demonstrou claramente à equipe ter se divertido com a sessão circense | Fotos: Divulgação/IgesDF

“A equipe inteira se uniu para proporcionar essa experiência, porque acreditamos que momentos especiais como esse são importantes para os nossos pacientes”

Joabson Soares, maqueiro

Diagnosticado inicialmente com dengue, Francisco teve complicações severas, incluindo uma pneumonia que agravou seu quadro clínico. A grande perda de peso e a dificuldade em andar e falar, porém, não foram suficientes para desanimá-lo: mesmo diante das adversidades, ele manteve um sorriso no rosto e a fé em dias melhores.

Ao descobrir que Francisco nunca havia ido ao circo, a equipe do HSol decidiu se mobilizar para proporcionar a ele a experiência de assistir a um espetáculo circense pela primeira vez. “Ficamos muito tocados”, relatou o maqueiro Joabson Soares. “A equipe inteira se uniu para proporcionar essa experiência, porque acreditamos que momentos especiais como esse são importantes para os nossos pacientes”.

Momento único

Gerente da unidade, Flávio Amorim liderou a iniciativa de levar Francisco ao circo. “Quando soubemos do sonho dele, não hesitamos em buscar uma forma de realizá-lo”, contou. “Ver a alegria nos olhos do Francisco durante o espetáculo foi emocionante para todos nós. Ele já enfrentou tantas dificuldades na vida, que momentos como esse se tornam ainda mais significativos”.

A administração do circo ofereceu cortesias para que Francisco pudesse viver essa experiência. “Fiquei muito feliz e agradecida em poder compartilhar desse momento com ele”, afirmou a fisioterapeuta Monik Aguiar. “Seu Francisco chegou ao Hospital Cidade do Sol sem conseguir andar, falar e com baixo peso. Graças ao tratamento da equipe multi, ele está voltando a caminhar, recuperando a fala e já ganhou 10 kg. São situações assim que enchem o coração da gente de esperança e alegria”.

Tratamento

Acompanhado por Flávio, Monik, Joabson e a enfermeira Adna Seabra, o paciente pôde se divertir em segurança e não perdeu nenhum detalhe do espetáculo. Pipoca e muitas gargalhadas marcaram a tarde, que ficará para sempre na memória de Francisco e dos profissionais envolvidos.

“Estamos mobilizados em busca de uma casa de acolhimento para ele, pois sabemos que ele precisa de um lar que o receba com o carinho e a atenção que merece”

Flávio Amorim, gerente da Unidade de Internação do HSol

“Proporcionar essa experiência para alguém que já enfrentou tantos desafios é mais que realizar um sonho, é dar a ele momentos de alegria e dignidade, algo fundamental para sua recuperação”, avaliou a chefe do Núcleo Multiprofissional do HSol, Camila Frois.

Desde sua internação, Francisco vem apresentando sinais de melhora. “Nosso objetivo é continuar proporcionando momentos que ajudem em sua recuperação”, reforçou Flávio Amorim. “Além disso, já estamos mobilizados em busca de uma casa de acolhimento para ele, pois sabemos que ele precisa de um lar que o receba com o carinho e a atenção que merece”.

Dia a dia, ele já tem apresentado melhoras no tratamento

Apesar da dificuldade na fala, Francisco expressou alegria e emoção ao assistir ao espetáculo. A história de Francisco é um exemplo de como a força de uma equipe multidisciplinar unida é capaz de transformar vidas, mesmo nos momentos mais difíceis. “Foi gratificante ver o sorriso no rosto do Francisco ao assistir ao circo pela primeira vez”, concluiu Ana Seabra. “A equipe realmente fez um esforço admirável para que ele vivenciasse essa experiência, e ver a alegria dele foi a nossa maior recompensa”.

*Com informações do IgesDF