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03/09/2024 às 16:37, atualizado em 04/09/2024 às 09:40
Malformação acomete centenas de bebês. Hran é referência nacional no acompanhamento de pacientes
Nesta segunda-feira (2), o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) iniciou uma força-tarefa para a realização de cirurgias corretivas de pacientes com fissura labiopalatina – malformação que acomete uma a cada 650 crianças nascidas em todo o mundo. Mais de 320 bebês, crianças e adultos vão passar por esses procedimentos cirúrgicos, no Hran. A equipe multiprofissional da Secretaria de Saúde (SES-DF), formada por quatro cirurgiões plásticos e profissionais de outras especialidades, que atua nesses casos acompanha os pacientes diagnosticados e realiza as cirurgias.
A secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, celebra o início da força-tarefa, uma vez que o DF é referência nesses tipos de casos. “Estamos absolutamente focados no enfrentamento de todas as demandas reprimidas na Saúde do DF. É um pedido constante do nosso governador Ibaneis Rocha. São novos processos de trabalho para atender a população nas suas necessidades, e as cirurgias das crianças e adultos com lábio leporino e/ ou fenda palatina são prioridades. Agradeço à equipe multidisciplinar do Hran, sob a condução do doutor Marconi Delmiro, que de pronto aceitou o desafio em realizar essas cirurgias”.
Para a professora Beatriz Carneiro, 24, a cirurgia vai muito além da correção do lábio e do palato. “Uma equipe tão boa e um resultado tão satisfatório vêm para melhorar a condição social do meu filho”, diz. Mãe de Benício, de sete meses, ela faz o acompanhamento no Hran (referência nesse tipo de tratamento na região Centro-Oeste), desde o nascimento da criança. “Recebi no hospital todo o acolhimento sobre a situação do Benício. Me tranquilizaram”, complementa.
Novos processos, mais assistência
A força-tarefa ganhou espaço após a reforma do centro-cirúrgico do hospital e a mobilização da equipe, formada por pediatras, cirurgiões, odontólogos, nutricionistas, enfermeiros e técnicos em enfermagem, dentre outros profissionais. O diretor do Hran, Paulo Henrique Cordeiro, celebra o envolvimento de vários setores do hospital para assegurar a realização dessas cirurgias corretivas. “Há uma mobilização dos profissionais do centro cirúrgico, da farmácia, do laboratório, da radiologia, e também do ambulatório. Assim conseguimos ampliar a oferta para os procedimentos eletivos, trazendo a celeridade”, detalha.
O atendimento rápido foi elogiado pela Thaís Santos, 22. Logo após o nascimento de Ana Catarina, 7 meses, no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), e diagnostica com a malformação, mãe e a filha foram encaminhadas ao Hran. “Uma semana após a alta, comecei a ser acompanhada pela equipe da Asa Norte. Sempre passamos o dia todo no hospital, porque são muitos especialistas cuidando do caso dela”, diz.
Coordenador do Serviço Multidisciplinar de Atendimento a Fissurados do Hran, o cirurgião plástico Marconi Delmiro destaca a importância do acompanhamento de cada paciente. “Tem o tempo certo para operar os lábios e as fendas de palato”, explica. Segundo o médico, após a cirurgia reparadora, o paciente passa a comer sem dificuldades, o que permite também o desenvolvimento da fala sem sequelas.
*Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)