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23/09/2024 às 18:11
Acupuntura, tai chi chuan e arteterapia são exemplos de práticas para combater o estresse
Esta segunda-feira (23), Dia Mundial de Combate ao Estresse, é uma importante data para reforçar os cuidados necessários para o bem-estar pessoal. Além de orientações médica e psicológica, há outros meios para cuidar da saúde mental, como as Práticas Integrativas em Saúde (PIS) oferecidas pela Secretaria de Saúde (SES-DF).
Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que 40% dos brasileiros relatam altos níveis de estresse diário. Esse índice reflete uma tendência crescente, com 30% da população apresentando sintomas de ansiedade e 20% diagnosticados com transtornos relacionados ao estresse.
“O estresse é causado por fatores variados, incluindo a sobrecarga de trabalho, responsabilidades familiares, preocupações financeiras e questões interpessoais. No contexto atual, o ritmo acelerado da vida moderna e a constante pressão por produtividade impactam profundamente a saúde mental e física das pessoas”, explica a diretora de Saúde Mental da SES-DF, Fernanda Falcomer.
Como tratar o estresse
A Secretaria de Saúde oferece 17 Práticas Integrativas em Saúde em cerca de 200 unidades no Distrito Federal. Elas são abertas à comunidade, geralmente sem requisitos, e conduzidas por profissionais de saúde e voluntários devidamente capacitados. As PIS são modos de abordar a saúde de forma multidimensional, ou seja, física, mental, psíquica, afetiva e espiritual.
Até o início de setembro, 22.563 pessoas haviam realizado alguma dessas práticas na rede pública, onde são oferecidos: acupuntura, arteterapia, auriculoterapia, automassagem, fitoterapia, homeopatia, lian gong, medicina e terapias antroposóficas, meditação, musicoterapia, reiki, shantala, tai chi chuan, terapia comunitária integrativa, ayurveda, yoga (hatha e laya) e a técnica de redução de estresse (TRE).
“Sempre fui uma pessoa agitada, mas o tai chi chuan, com o foco no movimento e na respiração, me trouxe mais calma”
Gerônimo Araújo, aposentado
A prática regular das terapias oferecidas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) tem gerado relatos positivos na qualidade do sono e na redução de dores musculares, além da diminuição do estresse e da ansiedade. O aposentado Gerônimo Araújo, 69 anos, pratica tai chi chuan há 1,5 ano na UBS 1 do Lago Norte. “Sempre fui uma pessoa agitada, mas o tai chi chuan, com o foco no movimento e na respiração, me trouxe mais calma. A prática une meditação, movimento e respiração de uma forma muito harmoniosa”.
Além dessa prática, Gerônimo é adepto de caminhadas e musculação. “Sinto os benefícios tanto no corpo quanto na mente. A combinação de alimentação equilibrada, atividade física e o apoio de um grupo com os mesmos objetivos faz toda a diferença no bem-estar”, completa.
O médico de família e gerente de práticas integrativas da SES-DF, Marcos Trajano, explica que as PIS são recursos terapêuticos eficazes que permitem a abordagem profissional no tratamento do estresse crônico. “As práticas promovem a autonomia no autocuidado e fortalecem a participação da pessoa no próprio processo de saúde, ajudando os indivíduos a se envolverem ativamente em seu tratamento”, destaca.
Como participar
Para participar das práticas integrativas, basta verificar a lista de atividades disponíveis e realizar o agendamento diretamente na UBS mais próxima. No site da Secretaria de Saúde há uma lista com a oferta desse serviço por região.
Para maior comodidade da população, algumas práticas estão disponíveis online. Entre elas estão a técnica de redução de estresse (TRE), laya yoga, terapia comunitária integrativa, meditação e automassagem.
*Com informações da SES-DF