02/10/2024 às 18:29

Inaugurada Sala da Mulher, no Hospital de Base, para cirurgias de câncer feminino

Espaço permanente no centro cirúrgico começou a funcionar na abertura do Outubro Rosa, mês de conscientização dedicado à mulher

Por Agência Brasília* | Edição: Chico Neto

Nessa terça-feira (1º), o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) inaugurou a Sala da Mulher, espaço permanente no centro cirúrgico voltado para cirurgias oncológicas de cânceres que afetam principalmente as mulheres, como o de mama e o de colo de útero. A iniciativa coincide com o início do Outubro Rosa, mês dedicado à conscientização sobre a saúde feminina.

Hospital de Base é referência em cirurgias de alta complexidade, bem como em cuidados com a mulher | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF

Para realizar um mutirão de cirurgias oncológicas, o hospital planeja executar até 70 procedimentos durante este mês. A média mensal habitual de cirurgias do tipo é de aproximadamente 33, evidenciando a importância dessa ação para atender a demanda reprimida. “Muitas mulheres estão esperando na fila, algumas há bastante tempo, e queremos que esse espaço reforce o compromisso com a saúde feminina”, afirmou a médica Fernanda Hak, chefe dos Serviços Cirúrgicos do HBDF.

“Aproveitar a campanha do Outubro Rosa é uma oportunidade para estimular que esses procedimentos oncológicos aconteçam mais brevemente, garantindo um cuidado específico e de qualidade para as mulheres que tanto precisam”

Fernanda Hak, chefe de Serviços Cirúrgicos do HBDF

A Sala da Mulher foi pintada de rosa, simbolizando a campanha do Outubro Rosa e servindo como um convite à conscientização sobre o câncer de mama e outras questões oncológicas femininas. “Criamos um ambiente acolhedor e incentivamos a realização dessas cirurgias de forma mais rápida”, ressaltou Fernanda Hak.

Referência em cirurgias de alta complexidade e carinhosamente apelidado de “hospital da esperança”, o HBDF se alinha com a missão de priorizar a vida e o bem-estar das mulheres. “Aproveitar a campanha do Outubro Rosa é uma oportunidade para estimular que esses procedimentos oncológicos aconteçam mais brevemente, garantindo um cuidado específico e de qualidade para as mulheres que tanto precisam”, complementou a gestora.

Ações durante o Outubro Rosa

A inauguração da Sala da Mulher foi precedida por uma cerimônia com a abertura das comemorações ao Outubro Rosa no espaço permanente da casinha da Rede Feminina de Combate ao Câncer (RFCC) no Hospital de Base. Para a campanha de 2024, foi aberta a venda das camisetas comemorativas.

Também foi realizado, nesta terça, um acolhimento às pacientes selecionadas para o mutirão das 70 cirurgias. “Hoje, elas foram recebidas pela equipe multidisciplinar e pela Rede Feminina de Combate ao Câncer; o objetivo é proporcionar um ambiente acolhedor e informativo”, disse Larissa Bezerra, coordenadora da Rede.

Além de Larissa e de Fernanda Hak, que representou o superintendente do HBDF, Guilherme Porfírio, também participaram do evento, entre outras autoridades, o diretor de Atenção à Saúde do IgesDF, Rodolfo Lira; a chefe do Serviço de Mastologia do Hospital de Base, Mayra Teixeira; a gerente de Atenção Multiprofissional, Niedja Bartira, e a Chefe do Serviço de Ginecologia, Renata Bisinoto Maluf.

Conscientização

Equipe de atendimento do hospital marcou presença na inauguração do espaço de acolhimento

De acordo com Mayra Teixeira, uma pesquisa aponta que 12 em cada 100 mulheres no Brasil serão acometidas de câncer de mama. “Esse número mostra a importância que é falarmos cada vez mais sobre essa doença, que é tão frequente e que, se descoberta precocemente, é plenamente curável”, explicou, durante a solenidade.

Durante o encontro, as pacientes tiveram acesso a palestras de psicólogos e fisioterapeutas, além de um lanche preparado pela rede de voluntários. “Esse acolhimento visa oferecer tranquilidade durante o enfrentamento do processo. As pacientes puderam tirar dúvidas sobre a mastectomia e receber orientações sobre a cirurgia”, detalhou Larissa Bezerra.

O evento contou também com depoimentos de voluntárias que já passaram pelo procedimento, oferecendo exemplos de superação e encorajamento. “Tivemos uma conversa descontraída para apoiar aquelas que estão com medo, além de compartilhar a felicidade de muitas que aguardavam por esse momento – é uma oportunidade de dividir essa alegria”, concluiu Larissa.

*Com informações do IgesDF