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13/11/2024 às 23:22, atualizado em 13/11/2024 às 23:48
Governadora em exercício Celina Leão e autoridades do DF detalharam ocorrido próximo à sede do Supremo Tribunal Federal na noite desta quarta-feira (13). Apuração da PCDF será anexada ao caso do 8 de janeiro, no STF
A governadora em exercício, Celina Leão, apresentou fatos preliminares sobre as explosões ocorridas na noite desta quarta-feira (13) na Praça dos Três Poderes, próximo à sede do Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista coletiva no Palácio do Buriti, ela afirmou que as forças de segurança do DF mantêm a região segura. Um inquérito foi instaurado para investigar o ataque, além disso um grupo de trabalho foi montado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para apurar as circunstâncias do caso.
“O fato ocorreu às 19h30. O primeiro ato que aconteceu foi a explosão do carro. Depois, o cidadão que até agora não teve a identidade confirmada — há uma linha de investigação de um nome, mas ainda não foi confirmado, porque não conseguimos ainda periciar o corpo, pois o corpo ainda está com artefatos — logo após o momento da explosão, o cidadão se aproximou do Supremo, não conseguiu adentrar o prédio e realmente teve a explosão ali na porta”, apontou a governadora em exercício.
Celina Leão ressaltou a agilidade da ação das forças de segurança do DF, que chegaram de imediato ao local, bem como reforçou que as equipes que trabalham na região são especializadas em fatos desse tipo. Ela ainda relatou ter conversado com chefes de Poderes — o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, um representante do Ministério da Justiça e os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco — e reforçado a segurança nas suas respectivas sedes. “O Governo do Distrito Federal tem comando e nós estamos cuidando da situação com toda a força da nossa segurança pública.”
“Todas as unidades de segurança e inteligência do GDF estão orientadas a agir com rigor e celeridade para identificar o autor ou autores, bem como a motivação dos ataques”
Governador Ibaneis Rocha
Em licença oficial, o governador Ibaneis Rocha usou as redes sociais para classificar o ato como grave e destacar que “todas as unidades de segurança e inteligência do GDF estão orientadas a agir com rigor e celeridade para identificar o autor ou autores, bem como a motivação dos ataques”.
Investigação
De acordo com a governadora em exercício, a PCDF abriu investigações que serão anexadas ao processo referente ao 8 de janeiro, em curso no STF. “A Polícia Civil do DF está trabalhando na parte da inteligência e nós reforçamos a segurança do Palácio do Alvorada e da Residência Oficial. O Governo do Distrito Federal está com esse grupo de trabalho montado até que nós tenhamos todas as informações niveladas com todos os poderes”.
O diretor-geral da PCDF, José Werick de Carvalho, revelou que a corporação já iniciou o processo de investigação. “Já tomamos medidas no sentido de colher informações e depoimentos, inclusive de uma das principais testemunhas, e com base nesse depoimento já estamos desenvolvendo uma investigação sem ilações, baseada em perícia e fatos comprovados”, disse.
Paralelamente, foi instaurado um inquérito pela Polícia Federal, mas, conforme o secretário-chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, é preciso aguardar uma manifestação do STF para que as investigações possam avançar: “Foi realmente instaurado um inquérito pela Polícia Federal. Esse inquérito será encaminhado ao presidente do Supremo Tribunal Federal que analisará se esses fatos têm relação com algum outro inquérito em curso no Supremo”.
Autoria
Ainda não é possível divulgar informações sobre a autoria do ato, porque as prioridades agora são o combate aos explosivos e a varredura completa, mas depois serão feitas a perícia e a análise se o ataque foi um ato isolado
O secretário-executivo de Segurança Pública, Alexandre Patury, afirmou que ainda não é possível divulgar informações sobre a autoria do ato, porque as prioridades agora são o combate aos explosivos e a varredura completa, mas depois serão feitas a perícia e a análise se o ataque foi um ato isolado. Patury destacou que o perímetro da Esplanada dos Ministérios está assegurado. “A segurança está toda empenhada. A população pode ficar tranquila. Esse caso vai ser desvendado o mais rápido possível”, garantiu.
Interdição
A área da Esplanada dos Ministérios foi isolada, desde a Catedral Metropolitana até a Praça dos Três Poderes, e os prédios do STF e do Congresso Nacional foram evacuados. “Assim que fomos acionados, a PMDF já se deslocou. A nossa preocupação era identificar se havia turistas no local ou servidores das casas. Isolamos toda a área e agora estamos trabalhando com nosso esquadrão de bombas nas varreduras de pontos sensíveis”, pontuou a comandante-geral da Polícia Militar do DF, Ana Paula Habka.
A coletiva de imprensa contou com a participação do secretário-chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha; do secretário executivo de Segurança Pública, Alexandre Patury; do delegado-geral da Polícia Civil do DF, José Werick; da comandante-geral da Polícia Militar do DF, Ana Paula Habka; do comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), Sandro Gomes; do secretário de Comunicação, Weligton Moraes; e do secretário de Economia, Ney Ferraz.
*Colaboraram Adriana Izel, Fernando Jordão, Victor Fuzeira e Thaís Miranda