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26/01/2025 às 13:31, atualizado em 26/01/2025 às 13:44
Sinalizações verticais rodoviárias e de endereçamento são confeccionadas no Parque Rodoviário do DER e ajudam na identificação das ruas e avenidas que cortam as 35 regiões administrativas do Distrito Federal
Ícones da identidade brasiliense, as placas rodoviárias e de endereçamento são fundamentais para orientar moradores e turistas na capital do país, identificando ruas e avenidas das 35 regiões administrativas que compõem o território do Distrito Federal. Mas você já parou para pensar como essas sinalizações verticais, tão presentes no cotidiano, são fabricadas? A Agência Brasília foi até a Fábrica de Placas, no Parque Rodoviário do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), e revela os detalhes por trás desse processo.
A Fábrica de Placas, situada em Sobradinho, é responsável pela confecção de 600 sinalizações verticais ao mês – um total de 20 unidades por dia e 7,2 mil ao ano. Além de fabricar novas estruturas, a autarquia também trabalha para restaurar aquelas que foram de alguma forma danificadas, seja pelo desgaste natural ou por ação humana.
O superintendente de Operações do DER, Fábio Cardoso, explica, contudo, que nem todas as sinalizações retiradas pelo órgão de circulação conseguem ser restauradas. “No entanto, elas serão reaproveitadas de alguma forma. Aqui, nós fazemos todo um sistema de recuperação, aproveitando o material daquelas que foram substituídas por desgaste ou acidentes para a confecção de novas unidades”.
Ao todo, 60 funcionários, entre servidores e colaboradores terceirizados, se ocupam da produção das estruturas. O serviço é executado em dois galpões diferentes, sendo um destinado à confecção das sinalizações de endereçamento de logradouros e outro para as identificações do eixo rodoviário do DF.
O processo de fabricação é semelhante para ambos os tipos de placas. Primeiro, as chapas de aço industrial adquiridas pelo órgão passam por reforços estruturais, como dobras e soldas. Em seguida, recebem uma camada de pintura a óleo de alta qualidade, com a cor escolhida de acordo com o propósito da sinalização. Por fim, designers gráficos elaboram e imprimem os adesivos refletivos, garantindo a conformidade com os padrões estabelecidos pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
No término do processo, todas recebem uma identificação com o mês e o ano de sua confecção, permitindo ao DER monitorar a qualidade de cada unidade instalada pelas ruas da capital. Atualmente, a autarquia utiliza um sistema próprio de georreferenciamento de todas as sinalizações em funcionamento. Desenvolvido pelos servidores do órgão, o recurso fornece informações atualizadas sobre o estado de conservação e a sua respectiva data de instalação, garantindo eficiência na manutenção e reposição.
Ícones da capital
Criado no final dos anos 1970 pelo arquiteto e designer Danilo Barbosa, o sistema de cores utilizado na identificação das placas de endereçamento da capital do país não só facilita a vida dos brasilienses, mas também é um marco reconhecido internacionalmente.
Em 2012, o projeto foi incluído no acervo permanente do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMa), reconhecimento do design que combina funcionalidade e estética. Um totem azul que identifica a direção das superquadras modelo (107/307, 108/308 Sul) foi escolhido para compor um dos maiores e mais importantes museus do mundo.
Danilo Barbosa definiu que cada placa de Brasília deveria ter uma cor e formato calculado para facilitar a orientação na cidade projetada por Lucio Costa e Oscar Niemeyer. Presentes no Eixo Rodoviário, nas entrequadras e em diversos pontos do Plano Piloto, as instalações obedecem ao manual de sinalização interamericano.
As verdes são as mais vistas, alinhadas ao lado das vias principais. Elas apontam o caminho a seguir, sempre acompanhadas por setas que indicam direções. Já as azuis ficam estrategicamente localizadas nas superquadras, indicando o local onde se está. As placas marrons indicam pontos turísticos e foram feitas para a Copa do Mundo de 2014.
Além das cores, o trabalho desenvolvido pelo arquiteto e sua equipe envolveu a escolha da fonte e, até mesmo, o alinhamento, a altura em que deveriam ser afixadas e a quantidade de informações nelas contidas. O alfabeto adotado é da família helvética, nas versões medium, light, itálica e bold. Essas fontes são utilizadas no Plano Diretor de Sinalização do DF.