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06/02/2025 às 19:47
Objetivo é trabalhar em rede com auxílio da atenção primária para garantir atendimento para toda a demanda
Para enfrentar a sazonalidade das doenças respiratórias da melhor maneira possível atendendo a alta demanda de crianças entre janeiro e junho, a pediatria do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) elaborou um plano de contingência e apresentou, nesta quinta-feira (6), para os gestores da Secretaria de Saúde do DF (SESDF) responsáveis pela Região de Saúde Sul, que abrange Gama e Santa Maria.
“Vamos precisar do apoio de todos, tendo em vista que somos o único hospital da região que possui pediatria. Somos retaguarda no cuidado de pacientes encaminhados das UBSs e das UPAs, além dos pacientes do Entorno Sul. Então, é preciso que todos os níveis de atenção se unam para que a sazonalidade seja enfrentada de uma forma melhor que em 2024, garantindo o retorno da mãe e do paciente em alguma unidade, e que não falte atendimento para nenhuma criança”, destacou a superintendente do HRSM, Eliane Abreu.
Em 2024, o número de atendimentos no pronto-socorro infantil do HRSM aumentou 12,97% em comparação com o mesmo período de 2024. Devido à epidemia de dengue registrada no DF no ano passado, que também acometeu as crianças, a busca por atendimento pediátrico foi alto desde janeiro. Porém, após os índices de dengue reduzirem, a busca continuou alta, mas por conta das infecções virais respiratórias.
“No ano passado, a sazonalidade respiratória começou no final de março com 4.041 atendimentos, e tivemos o pico em abril, com 3.487 atendimentos no PS infantil. Já em 2023, o pico foi nos meses de fevereiro e março, registrando 3.393 e 3.534 atendimentos, respectivamente. Além disso, tivemos que ampliar os leitos e adequamos uma parte da recepção da emergência para criar uma terceira ala de internação, que foi a Ala C, com oito leitos disponíveis”, informou a chefe do Serviço de Pediatria do HRSM, Débora Cruvinel.
Ações propostas
Entre as ações propostas no plano de contingência está a criação da Rota Amarela no ambulatório do HRSM. Os objetivos são direcionar os pacientes de baixa complexidade para o ambulatório do HRSM e reduzir a demanda excessiva no pronto-socorro infantil. O horário de atendimento do ambulatório para estes pacientes pediátricos será das 9h às 21h.
Os pacientes triados como amarelos serão encaminhados para a Rota Amarela. Se houver necessidade de internação, essas crianças serão direcionadas ao pronto-socorro, ou diretamente para enfermaria se houver vaga disponível. Já os pacientes em acompanhamento serão reagendados para garantia de atendimento de retorno com equipe médica e multidisciplinar.
Outra proposta é relacionada à atuação dos médicos clínicos das UBSs da Região Sul, com a implementação nas UBSs e contra referência de crianças com classificação assistencial de menor criticidade, com atendimento em horário flexível (UBS), além de ser porta aberta para casos menos graves.
Com relação ao fluxo para casos que necessitam de internação e suporte de oxigênio a ideia é que eles sejam direcionados ao HRSM, sem necessidade de regulação de leitos, sendo a retaguarda da UPA do Recanto das Emas e das UBSs da Região Sul. Além disso, foi proposto que haja ambulância à disposição para transferências rápidas ao HRSM e contra referência, contando com o apoio do Hospital Regional do Gama (HRG).
Também foi destacada a necessidade do matriciamento da equipe médica e multidisciplinar, com treinamento conduzido por pediatras, enfermeiros e equipe multi do HRSM, nos meses de janeiro, fevereiro e março, que já começaram a ocorrer.
Classificação de risco
De janeiro a junho de 2024 foram realizados um total de 22.709 atendimentos no PS infantil do HRSM, enquanto que no mesmo período de 2023 foram registrados 20.101 atendimentos. A maioria da busca por atendimento nos dois anos foi de pacientes classificados como amarelo, laranja e verde, respectivamente.
“Não podemos deixar de atender a demanda de pacientes amarelos, porque geralmente o hospital fica lotado de pacientes classificados como laranja e vermelho. Aí, é preciso fazer o bandeiramento quando não tem mais capacidade física. Precisamos de apoio na atenção primária, nas UBSs, para que estes pacientes amarelos sejam atendidos. A criança é diferente do adulto e pode piorar muito rápido, em poucas horas”, afirmou Débora Cruvinel.
Os gestores da atenção primária se comprometeram em fazer esses atendimentos, mesmo que seja necessário haver um redimensionamento de equipes e horários
Para resolver essa situação, os gestores da atenção primária se comprometeram em fazer esses atendimentos, mesmo que seja necessário haver um redimensionamento de equipes e horários. “O atendimento pediátrico é de demanda espontânea. Onde a criança chegar ela será atendida, independentemente de onde ela morar. A gente não faz barreira de acesso, todavia, depois que a criança é atendida, melhora, tem uma resposta, ela precisa ser encaminhada à origem dela, para que outra criança mais grave também possa chegar até nós. Podem contar conosco enquanto atenção primária da Região Sul”, garantiu o superintendente de saúde da Região Sul, Willy Filho.
Ele destacou que acompanha os índices da sazonalidade respiratória e, a cada ano, há um aumento de pelo menos 10%, o que ele considera crítico e muito preocupante. “São crianças que ficam graves, o aumento do número de crianças que precisam ser entubadas. Então, vamos trabalhar para que a atenção primária consiga absorver a demanda dos pacientes com baixa gravidade, em caso de agravamento ele tem que ser direcionado para uma porta onde eu tenho um pronto-socorro pediátrico e com suporte de oxigênio, e agravou mais ainda, a gente precisa pensar que a rede tem que ajudar também com leitos de UTI pediátricos. Temos que fazer uma organização interna enquanto região”, concluiu.
*Com informações do IgesDF