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16/09/2017 às 10:15, atualizado em 18/09/2017 às 10:27
Na mostra paralela 50 anos em 5 dias, o curta-metragem Meu Amigo Nietzsche, de Fáuston da Silva, é o único representante do DF
Dentro da extensa programação do 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, de 15 a 24 de setembro, a mostra paralela 50 anos em 5 dias levará para o evento uma retrospectiva de filmes que marcaram a história do evento e do cinema brasileiro.
O diretor de cinema Fáuston da Silva, de 37 anos, representará o DF com o curta-metragem Meu Amigo Nietzsche, que, mesmo sendo um filme novo — lançado em 2012 —, está entre tantas pérolas do festival.
Para ele, fazer parte da seleção é um grande desafio, visto que obras inesquecíveis já foram exibidas no encontro anual. “É meio século de cinema brasileiro de alta qualidade”, comemora.
[Olho texto=”“É meio século de cinema brasileiro de alta qualidade”” assinatura=”Fáuston da Silva, diretor do filme Meu Amigo Nietzsche” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
O filme de Fáuston está entre os nove curtas e nove longas-metragens selecionados pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), que reúne críticos de cinema de todas as regiões do País.
Para o programador do Cine Brasília, Sérgio Moriconi, essa mostra é muito importante porque resgata a memória do que já foi exibido. “Ela expressa muito bem os vários momentos do festival.”
Meu Amigo Nietzsche estará em cartaz ao lado de outros quatro filmes em 22 de setembro, no Museu da República, às 18 horas.
Além das 18 películas, foram escolhidos cinco documentários de longa-metragem que retratam a história do cinema brasileiro.
De acordo com o diretor artístico do festival, Eduardo Valente, entre os filmes inscritos para esta edição, foi observada uma grande quantidade de obras atuais sobre a história do cinema brasileiro.
“Então, resolvemos complementar essa mostra com o que estamos chamando de 50 anos em 5 dias — Registro de uma história”, explica.
Meu Amigo Nietzsche ganhou mais de 50 prêmios e foi exibido em países como França, Espanha, Alemanha, Japão, Cuba, Chile e Colômbia.
O curta estreou em 2012 na Mostra Brasília do 45º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Na ocasião, ganhou os prêmios de melhor roteiro, melhor diretor, melhor filme júri popular e melhor filme júri técnico.
A história é sobre um menino que acha no lixão um exemplar do livro Assim Falou Zaratustra, do filósofo alemão Friedrich Nietzsche, e, ao ler a obra, começa a transformar a própria vida.
Fáuston resume que o filme trata de superação e oportunidade de mesclar mundos tão distantes.
Edição: Paula Oliveira