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12/11/2017 às 14:59, atualizado em 22/03/2018 às 15:52
Com desobstrução das margens do espelho d’água, houve aumento no número de frequentadores
Até o fim do ano, toda a orla do Lago Paranoá terá sido desobstruída e poderá ser utilizada pela população. Democratizar o espaço, que começou a ser desocupado em agosto de 2015, e garantir o acesso de qualquer pessoa à orla também exigem cuidado reforçado do governo.
A Polícia Militar estima que o movimento perto do espelho d’água tenha aumentado em média 30%. Nos fins de semana, a avaliação é que cerca de 1,2 mil pessoas passem pelos lugares mais movimentados, como Ermida Dom Bosco e Deck Norte.
Por isso, o Batalhão de Policiamento Turístico, responsável pela orla, reforçou o patrulhamento com embarcações da Companhia de Policiamento Lacustre e viaturas convencionais.
O movimento costuma ser mais intenso pela manhã, no fim da tarde e nos fins de semana e feriados. São nesses momentos que a presença dos policiais também aumenta.
[Olho texto=”Motoristas são orientados a não estacionar na margem do lago, e frequentadores, a não poluir o espaço” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Para garantir maior efetivo, o batalhão trabalha com serviço voluntário gratificado dos policiais. Os militares atuam em escala de plantão, mas, nos dias mais movimentados, a maior parte opta por trabalhar.
“Aos poucos, a população tem descoberto esses novos locais desobstruídos e precisamos estar lá para fazer a segurança”, reforça o comandante do batalhão, major André Luiz Caldas. Ele ressalta que entre os novos pontos mais movimentados está o Deck Sul, o Parque da Asa Delta e o Parque da Península.
A Polícia Militar também tem trabalhado para conscientizar a população para o uso sustentável da área. Motoristas são orientados a não estacionar na margem do lago, e frequentadores, a não poluir o espaço. “A desobstrução ocorreu exatamente porque a área precisa ser conservada”, reforça o comandante.
Outros órgãos também trabalham para garantir o uso consciente da orla. O governo criou uma força-tarefa para orientar a população sobre o acesso à margem do Lago Paranoá.
Em 25 de outubro, o governo entregou oficialmente 671 metros quadrados de terrenos desobstruídos na parte do Lago Norte. As construções retiradas estavam a até 30 metros da margem do Lago Paranoá, espaço de área de preservação permanente (APP).
Parte do projeto Orla Livre, o trabalho visa retomar a escala bucólica de Brasília, pensada por Lucio Costa. A ideia dele era que o lago fosse de todos. Falta ser desobstruída a área ocupada por 48 lotes no Lago Sul.
Edição: Paula Oliveira