DF ganhará dois novos aparelhos de radioterapia

BRASÍLIA (4/11/13)- O Distrito Federal receberá dois aceleradores lineares, equipamento usado no tratamento de câncer, para serem instalados no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), onde será criado o serviço, e no Hospital Universitário de Brasília (HUB), para ampliação do atendimento já existente.
 

Os 80 equipamentos serão custeados pelo Ministério da Saúde, que os distribuirá em 63 municípios, localizados em 22 estados e no Distrito Federal, conforme anúncio feito na última sexta-feira (1).
 

A perspectiva do governo federal é de que, com os novos aparelhos, o número de sessões de radioterapia suba de 69,3 mil ao ano para 155,3 mil/ano no país.
 

O edital também prevê a instalação de uma fábrica no país para produzir os equipamentos que abastecerão o mercado nacional.
 

“Já que estamos fazendo a maior compra de equipamentos de radioterapia que o mundo inteiro está vendo, exigimos que quem ganhasse o pregão construísse uma fábrica de aceleradores linear no Brasil. Queremos a transferência da tecnologia para pesquisadores brasileiros”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
 

De acordo com o coordenador de Radiologia do DF, Carlos Diego da Cunha Paz, a descentralização do serviço, com a instalação de um acelerador linear em Taguatinga, será muito positiva. “Vamos passar a atender no local uma grande demanda daquela região de Brasília”, afirmou.
 

PRIORIDADES- A definição dos locais que receberão os 80 aceleradores foi feita em conjunto com as secretarias estaduais e municipais de saúde, com base em critérios como necessidade de radioterapia no estado e número estimado de casos novos anuais de câncer.
 

“A projeção do Inca (Instituto Nacional do Câncer) é que a gente venha ter 500 mil novos casos de câncer. Precisávamos expandir fortemente os serviços de radioterapia, especialmente para a região Norte e Nordeste, e interior das regiões Sul e Sudeste”, acrescentou Padilha.

Além do Distrito Federal, receberão equipamentos os estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Sergipe, Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Tocantins, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro.
 

Ao todo, serão realizadas obras de criação de 41 serviços de radioterapia em cidades que não disponibilizam esses equipamentos aos pacientes do SUS e a ampliação de outros 39 serviços existentes.
 

O Ministério da Saúde investirá R$ 119,9 milhões na compra. A empresa vencedora foi a norte-americana Varian Medical Systems, fabricante mundial de dispositivos médicos e software de tratamento de câncer, com 65 anos de experiência em radioterapia.
 

(H.O/T.V*)