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21/02/2018 às 08:58
DF tem 11 centros de referência em oito regiões administrativas. Serviço inclui distribuição de remédios e acompanhamento multiprofissional
Cerca de 13 mil portadores do vírus HIV recebem medicamentos antirretrovirais por meio da rede pública de saúde do Distrito Federal. Há, em oito regiões administrativas, 11 centros de referência para o tratamento da doença.
Segundo o médico infectologista José David Urbaez, da Secretaria de Saúde, o serviço inclui o atendimento de uma equipe multiprofissional, com acompanhamento psicológico, clínico e farmacêutico. O objetivo é garantir a qualidade de vida do paciente.
Também são tratados efeitos como obesidade, insuficiência cardíaca e outras enfermidades relacionadas. Por isso, o médico ressalta que controlar o vírus não é mais o maior desafio no tratamento da aids.
Apesar de não acabar com a infecção pelo HIV, os antirretrovirais, conhecidos popularmente como coquetel, permitem níveis indetectáveis da carga viral — ou seja, reduzem de forma significativa a quantidade do vírus no sangue. “Atacamos [o vírus] com vários mecanismos de ação e evitamos que ele consiga ser resistente”, diz Urbaez.
[Olho texto=”É importante que o tratamento seja iniciado o quanto antes, para que haja melhor resultado e para evitar que o vírus se propague” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
De acordo com o especialista, são manipulados ao menos três tipos de drogas diferentes, poucos tóxicas e de fácil administração. O infectado deve tomar a medicação uma vez por dia.
Para ter acesso a um dos centros de referência no DF, basta ter sido diagnosticado com a doença. A testagem para o HIV é um direito dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
Pode-se detectar o vírus por meio de coleta para exame sorológico ou por testagem rápida, cujo resultado sai em cerca de 30 minutos. Além disso, existe o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), no mezanino da Rodoviária do Plano Piloto, que oferece teste rápido para HIV, sífilis e Hepatites B e C.
É importante que o tratamento seja iniciado o quanto antes, para que haja melhor resultado e para evitar que o vírus se propague.
Segundo José David Urbaez, hoje a epidemia da aids é concentrada, ou seja, não atinge toda a população. Os grupos mais vulneráveis são homossexuais masculinos, com idade de 15 a 29 anos; travestis; transexuais; profissionais do sexo; usuários de drogas; e pessoas em situação de rua.
Por isso, ele destaca cuidados simples, como uso de preservativo e exames para detectar infecções a cada três meses, além de tomar vacina contra Hepatite B.
[Olho texto=”O Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), no mezanino da Rodoviária do Plano Piloto, oferece teste rápido para HIV, sífilis e Hepatites B e C” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]
A atenção primária promove um conjunto de ações que visam evitar as doenças por meio da proteção. Anualmente, a Secretaria de Saúde distribui, em média, 15 milhões de preservativos masculinos e 400 mil preservativos femininos.
Caso o paciente tenha passado por uma situação de risco, o médico fará profilaxia pós-exposição, que é um tratamento com antirretroviral por 30 dias.
O Ministério da Saúde estima que cerca de 640 mil pessoas vivam com aids no Brasil.
Edição: Marina Mercante