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28/02/2018 às 15:42, atualizado em 28/02/2018 às 17:28
Na mudança do modelo de atenção primária, governo de Brasília investiu na construção de novas UBS e ampliou horário de atendimento e número de equipes. Índice foi apresentado em entrevista coletiva no Buriti nesta quarta (28)
A Estratégia Saúde da Família alcançou 69,1% de cobertura no Distrito Federal. O aumento do índice é de 100% se comparado aos 34% de cobertura do início do processo de conversão, em fevereiro de 2017, que mudou a política de atenção primária em Brasília.
O índice foi apresentado em entrevista coletiva nesta quarta-feira (28) pelo governador Rodrigo Rollemberg, o secretário de Saúde, Humberto Fonseca, e o adjunto da pasta, Daniel Seabra, no Palácio do Buriti.
“Um dos grandes benefícios é atender [as pessoas] no seu território com efetividade e reduzir a procura nas emergências”, disse o governador.
[Numeralha titulo_grande=”2,05 milhões” texto=”Número de habitantes assistidos pela Estratégia Saúde da Família no DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
A ampliação do modelo significa assistência pelas equipes de saúde da família a 2.058.750 habitantes — 1.020.000 a mais que antes das mudanças (1.038.750).
Em janeiro de 2017, o Distrito Federal contava com 277 equipes de saúde da família. Em um ano, foram criadas mais 272, o que resultou nas atuais 549.
De acordo com o secretário de Saúde, em breve será lançado um novo concurso público para médicos da família. “Faltam sete médicos de família para chegarmos a 70% de cobertura e 47, para 75% de cobertura.”
Humberto Fonseca falou ainda sobre a importância da mudança de entendimento da população: “As pessoas devem ter acesso à Saúde via atenção primária. A cultura de procurar o hospital existia porque a atenção primária não funcionava, agora estamos dando condições para que funcione”.
O secretário explicou que o atendimento nas 162 unidades básicas de saúde (UBS) ativas ocorre de duas maneiras: por demanda instantânea ou programada. O objetivo, segundo Fonseca, é alcançar 100% de cobertura com Estratégia Saúde da Família, com prioridade para as regiões mais vulneráveis.
O governo também estendeu o horário de funcionamento de UBS com mais de três equipes de saúde da família. Além de funcionarem das 7 às 19 horas, de segunda a sexta-feira, inclusive no horário de almoço, elas passaram a abrir aos sábados, das 7 às 12 horas.
Outra medida para aumentar a cobertura do novo modelo foi o início da construção de quatro novas unidades: uma em Samambaia, entregue em 18 janeiro; duas em Ceilândia, com obras em fase final; e uma na Fercal.
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Para este semestre estão previstas mais quatro: em Ceilândia, em Planaltina, no Recanto das Emas e em Samambaia.
As UBS do Riacho Fundo II, de Sobradinho, de Sobradinho II e da Asa Sul foram reformadas, e estão em obras duas em Planaltina e uma em Ceilândia. Para 2018, pelo menos mais seis deverão ser reparadas.
Com as mudanças, algumas regiões do DF já ultrapassam 100% de cobertura:
Cada equipe é responsável, em média, por 3.750 pacientes.
A conversão do modelo de atenção primária à saúde começou em 15 de fevereiro de 2017, com a publicação das Portarias nº 77 e 78, que estabelecem a Política de Atenção Primária à Saúde do DF e disciplinam o processo.
A partir disso, houve capacitação de profissionais e novas contratações, além da compra de insumos e de 6,3 mil novos equipamentos.
Gradativamente, as unidades passaram a funcionar com a nova forma de assistência, com equipes compostas por técnicos de enfermagem, agentes comunitários de saúde, enfermeiros, médicos de família e comunidade e, em alguns casos, profissionais de saúde bucal.
Com o fortalecimento da atenção primária, a Secretaria de Saúde reorganiza o acesso às urgências e emergências.
A pasta também estrutura a rede de atenção secundária, com um conjunto de equipamentos que complementará o atendimento nas UBS.
Em dezembro, o governo inaugurou o Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão, um dos espaços que passou a integrar a rede.
Na coletiva, Rodrigo Rollemberg destacou outras ações na saúde, como a mudança na gestão do Hospital de Base. “Tivemos recentemente a compra de 180 medicamentos pelo Instituto Hospital de Base, especialmente para o tratamento de câncer. Foram adquiridos em 20 dias, com 10% de redução do valor, quando a média na secretaria é de oito meses”, pontuou.
Ele citou ainda a construção do Bloco 2 do Hospital da Criança, que permitirá a abertura de cerca de 200 novos leitos para atendimento de pediatria em Brasília.
Edição: Raquel Flores