02/12/2013 às 16:32

Núcleos de atendimento à família têm resultado 16% maior este ano

Unidades trabalham com famílias e autores de violência doméstica

Por Da Redação, com informações da Secretaria da Mulher


. Foto: Hmenon Oliveira/ Arquivo

 BRASÍLIA (2/12/13) – De janeiro a outubro deste ano, os Núcleos de Atendimento à Família e aos Autores de Violência Doméstica (Nafavd), da Secretaria da Mulher, realizaram 9.357 procedimentos, incluindo o acolhimento oferecido a mulheres, crianças e adolescentes. O número representa um aumento de 16% em relação a 2012, quando foram registrados 7.887 atendimentos.

 

Os Nafavd têm como objetivo oferecer acompanhamento psicossocial e jurídico às famílias em situação de violência doméstica encaminhadas pela Casa Abrigo, Juizados Especiais Criminais e Varas de Violência Doméstica do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT), além do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT).

 

Atualmente, existem dez núcleos em funcionamento, e o período médio de atendimento é de seis meses.

 

Maisa Guimarães, gerente dos Nafavd, disse que o atendimento ao agressor busca cessar o ciclo de violências que tem como vítima mulheres, crianças e adolescentes. “Nossa proposta é restaurar relações fragilizadas, além de oferecer a chance de perceber uma dimensão de afeto e proteção muitas vezes perdida ou sufocada pelo contexto histórico do machismo”, detalhou a gerente.

 

AMPLIAÇÃO – Por meio de um convênio assinado com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça, a Secretaria da Mulher ampliou, a partir de setembro, o quadro de servidores dos Nafavd com a contratação de 27 novas servidoras, entre antropólogas, assistentes sociais, psicólogas e sociólogas.

 

“Essa realidade permite o atendimento adequado a vítimas e autores das agressões, preservando a ética e a qualidade profissional nos processos”, afirmou a secretária da Mulher do DF, Olgamir Amancia.

 

Os núcleos contam com brinquedotecas, disponibilizadas por meio de uma parceria com o Instituto Sabin. Esses locais são utilizados por psicólogos e assistentes sociais no trabalho de aproximação e interação com crianças vítimas de violência ou com aquelas que tiveram as mães agredidas.

 

Nas ludotecas, com brinquedos, livros e bonecos especiais que representam a família, os profissionais conseguem obter informações e detalhes importantes sobre a violência sofrida pela criança ou pela família, o que facilita o diagnóstico.

 

Mais recentemente, os Nafavd passaram a atender menores que cometem atos infracionais relacionados à violência de gênero. Eles assistem a palestras educativas e participam de atividades lúdicas para compreender a origem da violência e aprender a lidar com conflitos. A ideia é construir uma cultura baseada na equidade de gênero.

 

(B.F./M.D.*)