09/12/2013 às 10:41

Guará investiga casos de óbitos fetal e infantil

Marca ultrapassou o patamar estipulado pelo Ministério da Saúde e facilitará a elaboração de estratégias para a redução de mortes de crianças

Por Da Redação, com informações da Secretaria de Saúde


. Foto: Mariana Raphael / Arquivo

BRASÍLIA (9/12/13) – As investigações de óbitos infantis nos hospitais da rede pública de Saúde do Distrito Federal estão em níveis altos ou considerados satisfatórios. O Hospital Regional do Guará, segundo a Secretaria de Saúde, é a unidade que conseguiu, neste ano, investigar 100% dos casos, conforme dados preliminares.
 

Na área de cobertura da regional, até o momento, foram registrados 24 óbitos, todos investigados, procedimento que apontou a Estrutural como sendo a localidade onde houve maior quantitativo de mortes infantis.
 

Segundo a médica pediatra da Diretoria de Atenção Primária à Saúde do Guará -unidade responsável pelas investigações-, Leila Guimarães, a falta do acompanhamento pré-natal e o não acompanhamento das consultas de crescimento e desenvolvimento são as principais causas dos óbitos.
 

“Se a mãe não fizer corretamente o pré-natal e, após o nascimento, não levar seu filho às consultas que são de extrema importância, isso pode ser fatal. São nesses momentos que o médico consegue identificar os problemas que o bebê pode ter”, explicou.
 

A investigação dessas mortes, de acordo com a Secretaria de Saúde, é uma importante estratégia de redução da mortalidade infantil e fetal. O prazo normatizado, pactuado e monitorado para a conclusão da análise dos óbitos é de até 120 dias após a ocorrência do evento.
 

No procedimento padrão, o óbito é lançado no sistema e as investigações ocorrem em três níveis: hospitalar, ambulatorial e domiciliar.
 

As regionais de Saúde do Núcleo Bandeirante, São Sebastião, Taguatinga, Asa Sul, Planaltina, Gama e Paranoá, respectivamente, também conseguiram ultrapassar a meta de 75%, preconizada pelo Ministério da Saúde e acompanhada pelo Comitê Central de Prevenção e Controle do Óbito Fetal e Infantil da Secretaria de Saúde do DF.
 

“Desde o ano passado contamos com o sistema “Tabwin” que agilizou as notificações. Não precisamos mais esperar as fichas do hospital chegarem. É tudo on-line e já damos o andamento necessário. Isso melhorou a nossa vigilância”, destacou a médica.
 

Com os dados preliminares, a regional de saúde já realizou a primeira reunião na Estrutural para discutir as ações e evitar que os óbitos ocorram.
 

(F.M./M.D*)