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18/03/2018 às 12:07, atualizado em 19/03/2018 às 13:13
Programação gratuita na orla da Ponte JK reuniu esporte, cultura e lazer na quinta edição do evento promovido pelo movimento brasiliense #ocupeolago
A orla da Ponte JK recebeu neste domingo (18) uma série de atividades para marcar o Dia Mundial da Água (22 de março), promovida pelo movimento brasiliense #ocupeolago desde 2014.
Neste ano, a edição integrou o 8º Fórum Mundial da Água, que ocorre na cidade de hoje até sexta-feira (23) e e cujo tema é Compartilhando Água.
Por volta das 9h30, o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, abriu oficialmente a iniciativa e destacou a democratização do acesso à orla do Lago Paranoá como uma das grandes conquistas desta gestão.
“Fico extremamente feliz de ver nossa juventude, nossos esportistas, os brasilienses em geral desfrutarem do lago de forma ordenada, sustentável.”
Rollemberg disse que o fórum mundial deverá trazer uma nova consciência em relação à água e ao seu uso e destacou que a responsabilidade sobre ela e o meio ambiente é de todos, não apenas do governo.
“Estamos fazendo a nossa parte quando desobstruímos a orla, desativamos o lixão da Estrutural, construímos captações para melhorar o abastecimento, mas a população também é responsável por manter esses espaços limpos e bem cuidados.”
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Segundo o presidente e idealizador da Associação Ocupe o Lago, Marcelo Ottoni, a proposta é reunir esporte, cultura e lazer em defesa do Paranoá. “O lago é outro desde que começamos em 2014. Tinha muito menos gente ocupando, a orla não era desobstruída e não havia captação”, lembrou.
Ottoni também acredita que o cuidado com a água não pode ser delegado totalmente ao governo, mas que é papel também de empresas e da sociedade civil.
Entre as atividades programadas estava a coleta subaquática de resíduos, feita por integrantes de escolas de mergulho, como Luciana Carvalho, de 50 anos. O grupo do qual ela faz parte costuma retirar lixo do fundo do Lago Paranoá e busca conscientizar a população a não agredir o manancial.
“As pessoas, especialmente em embarcações, desovam muito lixo. Na última edição que fizemos, em agosto do ano passado, retiramos meia tonelada de material descartado na água“, contou Luciana.
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A soteropolitana Ingrid Trindade, de 35 anos, é corredora de montanhas. Moradora de São Paulo, ela está em Brasília para visitar a irmã Andrea, servidora da Agência Nacional de Águas (ANA).
A atleta não perdeu a oportunidade de praticar esporte no Lago Paranoá. Antes mesmo da abertura oficial do evento, já estava correndo em volta do espelho d’água.
“Este lago é apaixonante, consigo me ver treinando aqui. Esporte é vida, assim como a água. Tem tudo a ver”, disse Ingrid, ao se referir à importância de anexar esportes à programação do fórum mundial.
Além da coleta de resíduos, houve campeonatos de modalidades esportivas, como canoagem, vela, stand up paddle (SUP) e atrações culturais — DJs, sereísmo (apresentação de sereias).
Por volta das 14 horas, o público encerrou o evento com um abraço coletivo simbólico no lago.
Criado em 1996 pelo Conselho Mundial da Água, o fórum foi idealizado para estabelecer compromissos políticos acerca dos recursos hídricos. A oitava edição ocupará o Mané Garrincha, com a Vila Cidadã — aberta ontem —, e o Centro de Convenções Ulysses Guimarães, a partir de hoje, onde se concentrarão as palestras e os painéis.
Em Brasília, ele é organizado pelo Conselho Mundial da Água, pelo governo local — representado pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do DF (Adasa) — e pelo Ministério do Meio Ambiente, por meio da ANA.
O fórum ocorre a cada três anos e já passou por: Daegu, Coreia do Sul (2015); Marselha, França (2012); Istambul, Turquia (2009); Cidade do México, México (2006); Kyoto, Japão (2003); Haia, Holanda (2000); e Marrakesh, no Marrocos (1997).
8º Fórum Mundial da Água
De 18 a 23 de março
No Centro de Convenções Ulysses Guimarães e no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha
Inscrições pelo site
Edição: Raquel Flores