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23/03/2018 às 10:26, atualizado em 26/03/2018 às 09:36
Solenidade de encerramento ocorreu na manhã desta sexta (23) no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Até o fim do dia, ainda é possível visitar a Vila Cidadã, no estacionamento do Mané Garrincha
Após uma semana de agenda intensa, foi encerrado, na manhã desta sexta-feira (23), o 8º Fórum Mundial da Água. Com o tema Compartilhando Água, a edição de Brasília, primeira no Hemisfério Sul, mobilizou público recorde de 97.181 pessoas até a noite dessa quinta (22). A expectativa é chegar a mais de 100 mil até o fim de hoje.
A cerimônia de encerramento ocorreu no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, que reuniu a programação principal para os 10,5 mil pagantes do evento — 7 mil brasileiros e 3,5 mil estrangeiros.
As atividades gratuitas ficaram concentradas na Vila Cidadã, no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, e envolveram 86.681 pessoas até ontem. Dessas, 48 mil foram crianças, inclusive estudantes da rede pública de ensino, e 2,7 mil, professores.
Até as 21 horas de hoje, ainda é possível visitar a estrutura de 10 mil metros quadrados montada no estacionamento da arena esportiva.
O governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, se disse orgulhoso e agradeceu ao Conselho Mundial da Água a confiança depositada no Brasil e na capital federal para sediar um evento desse porte. “Brasília já está com saudade de todos vocês. Se, para nós, a água sempre foi algo fundamental, depois do Fórum Mundial da Água, será ainda mais”, declarou Rollemberg.
O diretor da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento (Adasa-DF) e membro da comissão temática do fórum, Jorge Werneck, apresentou os temas trabalhados no Fórum da Água:
“Todos estão conectados aos temas transversais: compartilhamento, capacitação e governança”, explicou.
Os participantes da solenidade de encerramento parabenizaram os mais de 600 voluntários do evento.
As discussões da edição brasileira do Fórum Mundial da Água atraíram, além do público recorde, 12 chefes de Estado, 134 parlamentares e 70 ministros de 56 países. A cobertura foi feita por 1.968 profissionais de imprensa, 150 deles estrangeiros.
O encontro internacional criou 8 mil empregos diretos e indiretos. Além disso, nas atividades de conscientização, foram plantadas 10.333 árvores do Cerrado.
Membro da comissão política, o senador Jorge Viana (PT-AC) destacou o trabalho de juristas, parlamentares e chefes de Estado em prol da água. “Estabelecemos os objetivos de trabalhar a água como um direito humano e prioritário.”
[Numeralha titulo_grande=”48 mil” texto=”Quantidade de crianças que passaram pela Vila Cidadã ao longo da semana” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Os debates do Legislativo resultaram na Declaração dos Parlamentares, texto que sela o compromisso com o uso racional e a boa gestão da água. Outros exemplos de documentos elaborados durante o fórum foram as Declarações Ministerial e das Autoridades Locais.
Uma das inovações do fórum brasileiro foi o grupo focal de sustentabilidade, que dialoga com os objetivos de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). “Considerar a transversalidade da água é essencial para pensamos o equilíbrio local e universal”, destacou a representante do grupo, Marina Grossi.
No discurso de agradecimento, a brasileira Tatiana Silva, representante da juventude do Conselho Mundial da Água, definiu o fórum como um ambiente de esperança em um futuro com água e saneamento de qualidade para todos.
[Olho texto='”Atingimos plenamente nosso objetivo, de forma inclusiva e com resultados positivos que vão reverberar no futuro”‘ assinatura=”Benedito Braga, presidente do Conselho Mundial da Água” esquerda_direita_centro=”direita”]
“Temos que investir em um ambiente mais representativo e diverso, para que assim consigamos atingir ainda mais pessoas com o tema”, sugeriu para a próxima edição.
O presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga, agradeceu a todos o empenho e destacou o envolvimento político e a participação cidadã no evento. “Atingimos plenamente nosso objetivo, de forma inclusiva e com resultados positivos que vão reverberar no futuro”, defendeu.
Ao fim da cerimônia, a colaboradora do governo Márcia Rollemberg entregou a Benedito Braga um compromisso assinado ontem (22) na sessão especial Água e Espiritualidade: um Encontro com o Sagrado.
Mediado por Márcia, o painel reuniu representantes de diversas matrizes religiosas para abordar o tema do compartilhamento de água.
O fórum ocorre a cada três anos e já passou por Daegu, na Coreia do Sul (2015); Marselha, na França (2012); Istambul, na Turquia (2009); Cidade do México, no México (2006); Kyoto, no Japão (2003); Haia, na Holanda (2000); e Marrakesh, no Marrocos (1997).
A nona edição, em 2021, será em Dacar, no Senegal, e terá como tema Segurança Hídrica para Paz e Desenvolvimento.
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Na cerimônia desta sexta, representaram o Brasil na passagem da bandeira para a comissão do Senegal o governador Rollemberg, a diretora da Agência Nacional de Águas (ANA), Cristiane Dias Ferreira, o diretor-presidente da Adasa-DF, Paulo Salles, o presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga, e o diretor-executivo do fórum mundial, Ricardo Andrade.
Criado em 1996 pelo Conselho Mundial da Água, o fórum foi idealizado para estabelecer compromissos políticos acerca dos recursos hídricos.
Em Brasília, ele foi organizado pelo Conselho Mundial da Água, pelo governo local — representado pela Adasa-DF — e pelo Ministério do Meio Ambiente, por meio da ANA.
Leia o pronunciamento do governador Rodrigo Rollemberg na cerimônia de encerramento do 8º Fórum Mundial da Água.
Edição: Marina Mercante