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10/04/2018 às 09:14, atualizado em 10/04/2018 às 19:53
Eventos como exposições, oficinas e cine-debate integram a programação do 58º aniversário de Brasília. A maioria das atividades ocorre no Memorial dos Povos Indígenas, no Eixo Monumental
Como forma de dar mais visibilidade ao movimento indígena, oficinas, debates e exposições estão incorporados à programação do 58º aniversário de Brasília. O Abril Indígena prevê uma série de ações de sexta-feira (13) até o fim do mês — duas exposições continuam em maio e junho.
O Memorial dos Povos Indígenas, no Eixo Monumental, concentrará a maioria das atividades. A oficina A arte da cerâmica abre a agenda, na sexta-feira (13) e no sábado (14). Nela, integrantes dos povos terena, kadiwéu e kinikinau ensinam como transformar argila e barro em peças como vasos e utensílios variados.
No fim de semana seguinte (20 e 21 de abril), será ministrada a oficina A arte da pintura corporal, com mulheres dos kayapós. Elas mostrarão o processo completo, desde a obtenção da tinta, com a extração do jenipapo, até a aplicação na pele.
Em 27 e 28 de abril, ocorre a oficina A arte da cestaria, com representantes do povo canela.
Os participantes das três oficinas devem preencher formulário de inscrição, uma vez que as vagas são limitadas. A entrada é gratuita.
Também faz parte da programação o cine-debate gratuito com filmes que retratam tradições e origens indígenas. De 24 a 27 de abril, os interessados podem discutir a representação dos índios no imaginário popular e as demandas sociais deles.
O memorial recebe ainda a exposição Ocupação Culturas Vivas, de 13 de abril a 30 de junho, com entrada gratuita.
A única atividade fora do Memorial dos Povos Indígenas é a exposição de fotografias Yawalapiti – Entre Tempos, em que o fotógrafo Olivier Boels retrata a arte do povo yawalapiti, comunidade do Alto do Xingu, em Mato Grosso. A abertura será em 19 de abril, a partir das 19 horas, no Museu Nacional, ao lado da Catedral Metropolitana de Brasília.
O Abril Indígena é organizado pelo Centro de Trabalho Indigenista (CTI), em parceria com a Secretaria de Cultura. A organização sem fins lucrativos venceu o chamamento público, aberto pela pasta em outubro de 2017, para recuperar e dinamizar o espaço cultural.
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“Queremos que ele seja um ponto de referência para toda a articulação do movimento indígena e para que a população conheça o que são as vivências dos povos”, explica a coordenadora do projeto pelo CTI, Guta Assirati.
Pelos próximos dois anos, o memorial sediará eventos e ações no âmbito de valorização do patrimônio cultural indígena.
O Termo de Colaboração nº 13, assinado em 23 de dezembro do ano passado, estabelece o repasse de R$ 1,2 milhão, dividido em duas etapas.
O valor referente a 2017, com aplicação em 2018, é de R$ 800 mil. Já para o período seguinte, a destinação será de R$ 400 mil, com aplicação em 2019, a depender da previsão da Lei Orçamentária Anual.
Veja a lista de atividades do Abril Indígena:
EXPOSIÇÕES
Yawalapiti – Entre Tempos
De 19 de abril a 20 de maio
Abertura às 19 horas, com apresentação de flauta sagrada
No Museu Nacional, no Conjunto Cultural da República
Ocupação Culturas Vivas
De 13 de abril a 30 de junho
De terça-feira a domingo, das 10 às 21 horas (em abril) e das 9 às 17 horas (em maio e junho)
No espaço expositivo do Memorial dos Povos Indígenas, no Eixo Monumental
OFICINAS
A arte da cerâmica
13 e 14 de abril (sexta e sábado)
Das 14 às 18 horas (sexta) e das 10 às 16 horas (sábado)
No terreiro do Memorial dos Povos Indígenas, no Eixo Monumental
A arte da pintura corporal
20 e 21 de abril (sexta e sábado)
Das 15h30 às 19h30 (sexta) e das 10 às 16 horas (sábado)
No terreiro do Memorial dos Povos Indígenas
A arte da cestaria
27 e 28 de abril (sexta e sábado)
Das 16 às 20 horas (sexta) e das 10 às 16 horas (sábado)
No terreiro do Memorial dos Povos Indígenas
CINEMA
Cine-debate
De 24 a 27 de abril
Às 19 horas
Exibição de Índios no Poder e Martírio (terça); de Para’i e Ex-Pajé (quarta); de Tapayuna e Piripkura (quinta); de Tempo de Kuarup e Índio Presente (sexta)
Também estão previstas atividades como apresentação de luta, bate-papo e exibição de fotos
No terreiro do Memorial dos Povos Indígenas
Edição: Marina Mercante