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18/07/2012 às 17:36
Ao todo, 30 longas e curtas nas categorias documentário, ficção e animação concorrem a R$ 635 mil em prêmios. Apenas um dos selecionados é do DF
A Secretaria de Cultura do DF divulgou nesta quarta-feira (18) os 30 longas e curtas selecionados para a mostra competitiva do 45º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Os filmes foram escolhidos por comissões formadas por produtores, diretores, roteiristas e cineastas. Este ano, devido à obra de restauro do Cine Brasília, o festival será realizado no Teatro Nacional. A expectativa é de que o evento atraia 20 mil pessoas, durante a semana de 17 a 24 de setembro, período em que ocorrem as exibições.
“Este ano o festival chega aos 45 anos. Não podemos realizar esta edição sem resgatar a trajetória que ele cumpriu ao longo deste tempo. Em 1965 essa trajetória se iniciou pelas mãos de Paulo Emílio Salles Gomes [crítico de cinema que fundou o festival] e atravessou duas décadas de ditadura”, lembrou o secretário de Cultura, Hamilton Pereira.
O secretário destacou o caráter ousado do evento, que atravessou diferentes governos, mas manteve-se em ascendência. “Festivais são o espaço de afirmação da maneira de fazer cinema. O festival de Brasília mostra como os brasileiros fazem cinema”, destacou.
Este ano, 580 filmes se inscreveram para a mostra competitiva, sendo 103 de Brasília. Dos 30 selecionados, apenas uma produção é da cidade, um curta-metragem de documentário chamado A ditadura da especulação, de José Furtado.
Novidades – A 45ª edição do festival de cinema chega com novidades: a descentralização ocorrida em edições anteriores será ampliada. Além de Taguatinga, Sobradinho e Ceilândia – locais em que o GDF já tinha parceria com o Serviço Social do Comércio (Sesc) –, os filmes serão exibidos no Gama. Outra inovação está na Mostra Brasília que, diferente de anos anteriores, selecionará os filmes exibidos. Concorrem à seleção todos os filmes locais inscritos no festival. As produções serão exibidas nos dias 22 e 23 de setembro, na Sala Martins Pena, em quatro sessões.
O filme de abertura do festival será A Última Estação, do cineasta e produtor Marcio Curi. O longa conta a história de irmãos libaneses que vêm tentar a vida no Brasil, na década de 1950. Cinquenta anos depois, Tarik, o mais velho, abandona tudo e atravessa o Brasil em busca dos companheiros que deixaram o oriente com ele. “Passar pelo teste de abrir o festival vai ser uma emoção muito grande. Ali vamos saber se o filme vai funcionar ou não”, brincou o diretor.
A programação do festival conta ainda com mostras paralelas, festivalzinho – exibição dos filmes para alunos das escolas públicas –, debates, seminários, encontros, oficinas e lançamentos de livros. Em virtude dos 50 anos da UnB, o festival terá uma mostra intitulada A UnB e o Cinema, com homenagens ao antropólogo Darcy Ribeiro – fundador da universidade –, ao cineasta Heinz Forthmann – professor da instituição na década de 1960 – e ao artista Joaquim Ferreira Lima – vidreiro e servidor do Departamento de Química, que tem um documentário produzido pela UnB sobre seu trabalho.
Acessibilidade – O Cine Brasília, inaugurado em 1960, passa por uma reforma estrutural desde o início de maio. A casa, projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer e tradicional sede do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, retomará a fachada e as bilheterias originais. Rampas já foram instaladas na lateral direita da sala de exibição, onde antes havia apenas escadas. Dois banheiros acessíveis estão sendo construídos no cinema, que contará também com piso especial para pessoas com deficiências visuais e portas de emergência.
Por causa da reforma, este ano o festival será realizado na Sala Villa-Lobos, do Teatro Nacional Claudio Santoro. Em 2011 foi realizada a primeira etapa da obra, a impermeabilização e a instalação de para-raios. A segunda fase – em execução – prevê a troca de instalações elétricas, hidráulicas e mecânicas, inclusive de todo o sistema de ar-condicionado, já que o aparelho do Cine Brasília data de 1970 e ainda é movido a diesel.
Rampas e banheiros adaptados, piso tátil, poltronas para obesos e lugares para cadeirantes na plateia da sala de exibição são algumas das adequações por que o Cine Brasília passará para atender à Lei de Acessibilidade. Para o controle de incêndios, está sendo construída uma caixa d’água subterrânea que alimentará o sistema de sprinklers – chuveirinhos colocados no teto, acionados automaticamente quando há sinal de fogo. Portas de emergência também serão instaladas na sala de exibição. A sala de projeção, que conta com dois projetores de 35 mm – para rodar filmes em película – ganhará dois equipamentos de projeção digital.
FILMES SELECIONADOS PARA O 45º FESTIVAL DE BRASÍLIA DO CINEMA BRASILEIRO
Curta-metragem de animação
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