26/07/2012 às 15:29

Casa Civil debate educação na CNBB

Dom Leonardo destacou carência de iniciativas para o setor

Por Casa Civil

O secretário da Casa Civil do Distrito Federal, Swedenberger Barbosa, participou na manhã de ontem de reunião com o secretário-geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e com o bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília, dom Leonardo Ulrich Steiner, além de representantes da Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), das Secretarias de Educação e de Desenvolvimento Social, da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Católica de Brasília (UCB). O objetivo foi debater políticas de educação.

O encontro ocorreu na sede da CNBB, em Brasília. Da Comissão Brasileira de Justiça e Paz, organismo vinculado à CNBB, participaram da reunião o secretário-executivo, Pedro Egnardo Gontijo, e o secretário-adjunto, Geniberto Campos. Também estiveram presentes o secretário de Desenvolvimento Social do DF, Daniel Seidel, e a secretária-adjunta de Educação, Maria Luiza Fonseca do Valle. Na ocasião, Gontijo apresentou o projeto Agenda e Educação, que surgiu a partir de discussões com as universidades brasilienses. “Tivemos um grande desenvolvimento social na última década com a diminuição da desigualdade social, mas ainda temos como calcanhar de Aquiles a educação”, afirmou o secretário-executivo da CBJP. Pedro Gontijo explicou que a comissão pretende colocar em prática um modelo de escola que tenha como base a discussão promovida na própria comunidade. “A proposta é lançar um olhar mais abrangente, empoderando a comunidade local”, afirmou.

O projeto conta com o apoio da Universidade de Harvard e do Massachusetts Institute of Technology (MIT), ambos situados nos Estados Unidos. Segundo dom Leonardo, a educação está carente de boas iniciativas e é preciso procurar ações em conjunto, governo e sociedade civil organizada, para ajudar as comunidades. “Se nos foi dada a oportunidade de exercer certas funções e cargos, temos de exercê-los em prol dos nossos irmãos e irmãs”, afirmou o bispo.

O secretário da Casa Civil destacou, por sua vez, que o Brasil tem passado por um desenvolvimento sustentável e inclusivo. Na opinião de Swedenberger Barbosa, é preciso aplicar políticas voltadas para as realidades nacionais para transformar o espaço territorial da escola em um lugar de formação do cidadão. “O conceito de Territórios da Cidadania, do governo federal, prevê a garantia dos direitos fundamentais às comunidades carentes. É preciso que o projeto tenha uma identidade similar com esse contexto”, afirmou.

Swedenberger pediu informações detalhadas do programa para avaliar a possibilidade de o Governo do Distrito Federal participar do projeto. A Casa Civil se reunirá com as secretarias envolvidas para discutir o modelo e as propostas.