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22/11/2018 às 12:26, atualizado em 22/11/2018 às 21:41
Painel é formado por cerâmicas com pinturas que remetem à Declaração Universal dos Direitos Humanos. Unidades da rede pública de ensino receberam réplica
Parte das comemorações dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a obra de arte O caminho dos direitos humanos foi inaugurada, nesta quinta-feira (22), na saída da estação de metrô Galeria dos Estados.
O painel de cerâmica é assinado pela artista plástica Françoise Schein. As pinturas nos azulejos, que remetem à declaração, foram feitas por estudantes de duas escolas da rede pública de ensino do DF: o Centro Educacional 11 de Ceilândia e o Centro Educacional Gisno.
Os jovens participaram da cerimônia que também teve a presença do governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, do secretário-executivo do Ministério dos Direitos Humanos, Marcelo Varella, e da colaboradora do governo local Márcia Rollemberg.
Para o governador, a obra é importante para lembrar a população diariamente sobre a importância dos direitos humanos.
“Ao respeitá-los, teremos uma cidade mais solidária, respeitosa, amorosa. Uma sociedade que não só perceba as diferenças, mas as valorize como algo natural, bonito”, resumiu.
As instituições foram escolhidas por concurso que selecionou os desenhos para compor o maior painel, produzido com a técnica de azulejos. A obra tem, aproximadamente, 110 metros quadrados (m²). Cada uma das unidades de ensino participantes também recebeu a instalação de um painel menor, com 6 m².
Um dos estudantes que ajudou a criar a obra de arte, Anderson Maciel, de 14 anos, do Centro Educacional 11 de Ceilândia, conta o que aprendeu ao participar da iniciativa.
“Esse projeto nos apresentou cada um dos direitos humanos e nos deu liberdade de expressão, permitindo que mostrássemos compreensão do que foi apresentado dentro de sala. Aqui represento não só a minha voz, mas a de muitos outros jovens.”
Aluna do Gisno, Ana Beatriz dos Santos, de 13 anos, reforça os princípios que compõem o painel. “Precisamos entender que, independentemente de raça, crença, sexo, religião ou capacidade física, todos temos direitos pelo simples fato de sermos humanos. Todas as pessoas têm o direito a uma vida digna”, avaliou.
No total, mais de 600 alunos participaram da ação, uma parceria entre a pasta federal, o governo de Brasília e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), com apoio da Associação Inscrire — referência mundial na criação artístico-pedagógico urbana na área dos direitos humanos.
Edição: Amanda Martimon