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18/12/2018 às 19:12
O resultado será apresentado nesta quarta (19), na sede do Ibram, por oito fotógrafos encarregados do trabalho na Estação Ecológica de Águas Emendadas. Entre eles está a escocesa Margi Moss, premiada mundialmente
O Instituto Brasília Ambiental (Ibram) lançará, nesta quarta-feira (19), às 9 horas, o livro Aves de Águas Emendadas – oito fotógrafos e um destino. A obra marca o encerramento das comemorações dos 50 anos de criação da reserva, uma das mais importantes da América Latina.
Com 325 páginas de alta qualidade gráfica, a publicação registra 328 espécies do bioma Cerrado, algumas raras e em extinção. A edição especial resulta de uma pesquisa feita desde 2011 por oito especialistas em imagens e observação de pássaros.
Entre eles está a fotógrafa Margi Moss, que já circulou por várias partes do mundo registrando espécies e ganhou prêmios internacionais. Outros destaques são Tancredo Maia Filho e João Martins, colaboradores do site Wikiaves.
[Olho texto=”A edição especial, com 325 páginas, resulta de pesquisa feita desde 2011 por oito especialistas em imagens e observação de pássaros” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
A obra traz contribuições também dos especialistas Evando Lopes, Bertrando Campos, Roberto Aguiar, Hugo Viana e Rodrigo D’Alessandro, fundador do grupo Observaves.
Eles selecionaram, entre milhares de fotos produzidas na estação, os registros de 231 espécies já conhecidas, entre as quais a rara águia-pescadora (urubitinga coronata). Mas conseguiram flagrar 21 novas espécies.
Com isso aumentaram a lista oficial da avifauna da Estação Ecológica de Águas Emendadas, hoje estimada em 328 espécies. Além de imagens, há resumos sobre as famílias e características de cada uma delas.
Atualmente com 10,5 mil hectares, a unidade foi uma das primeiras reservas biológicas do País, criada em agosto de 1968. Em 1992, a estação foi declarada área nuclear da Reserva da Biosfera do Cerrado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Recentemente, tornou-se o sexto lugar do mundo e o primeiro da América Latina a receber o Escudo de Água e Patrimônio do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos-Holanda).
O nome da estação deriva de um fenômeno hidrográfico: a existência de nascentes que brotam na área, mas correm por trilhas distintas e vão desaguar nas bacias do Amazonas, via Rio Tocantins, e do Prata, via Rio Paraná.