14/09/2012 às 00:24

Atletas brasileiros ganham mais um incentivo esportivo

Plano Brasil Medalhas 2016, lançado na tarde desta quinta-feira (13), prevê investimento de R$ 1 bilhão na preparação de atletas, construção de centros de treinamentos e compra de equipamentos esportivos

Por Lúria Rezende, da Agência Brasília


. Foto: Roberto Barroso

A presidenta Dilma Rousseff e o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, lançaram, na tarde desta quinta-feira (13), no Palácio do Planalto, o plano Brasil Medalhas 2016. Com foco nas Olímpiadas do Rio de Janeiro, o incentivo prevê a liberação de R$ 1 bilhão ao Ministério do Esporte para realização de uma série de medidas. O governador Agnelo Queiroz esteve na cerimônia de assinatura do acordo.

Com esse estímulo, a expectativada da presidenta Dilma é que o Brasil saia do 22º lugar alcançado nos Jogos de Londres e salte para a 10ª colocação. Na Paralimpíada, o objetivo no Rio de Janeiro é superar o sétimo lugar obtido no Reino Unido e chegar à quinta posição. “O plano de estratégia é obter mais vitórias e chegar ao maior número de medalhas conquistadas”, projeta Dilma Rousseff.

Segundo o ministro do Esporte, o recurso extraordinário será direcionado ao pagamento de dois novos incentivos: a Bolsa Pódio, no valor de até R$ 15 mil, concedida aos atletas classificados entre os 20 primeiros no mundo em modalidades individuais e aptos a participar da Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016; e a Bolsa Técnico, com valor de R$ 10 mil, para treinadores. A verba também será usada para construção de centros de treinamento, compra de equipamentos e assinatura de convênios com confederações para desenvolvimento de modalidades olímpicas. A Bolsa Pódio começará a ser paga em 2013.

Agnelo Queiroz destacou a importância da criação do plano. “É uma belíssima contribuição do governo federal para estimular ainda mais nossos atletas e dar mais condições para o desenvolvimento do esporte”, ressaltou o governador.

O governo federal deve bancar dois terços do investimento anunciado. O restante virá de oito empresas estatais. Entre elas, a Petrobras, os bancos do Brasil, do Nordeste e o Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, além da Caixa Econômica Federal.

Modalidades – Aldo Rebelo também anunciou a escolha de 21 modalidades olímpicas e 15 paralímpicas para receber os recursos. “Serão priorizados os desempenhos com mais chance de vitória. A estratégia é obter, paralelamente, crescimento intensivo e ostensivo na atuação esportiva individual”, detalha o ministro.

As categorias olímpicas selecionadas são águas abertas (a maratona aquática), atletismo, basquetebol, vôlei, boxe, canoagem, ciclismo BMX, futebol feminino, ginástica artística, handebol, hipismo, judô, lutas, natação, pentatlo moderno, taekwondo, tênis, tiro esportivo, triatlo, vela e vôlei depraia. As paralímpicas são atletismo, bocha, canoagem, ciclismo, esgrima em cadeiras de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, hipismo, judô, natação, remo, tênis de mesa e voleibol sentado.

Estiveram presentes no evento a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; o presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), Márcio Fortes; os presidentes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, e do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, além de atletas, parlamentares e outras autoridades.

Paratletas do DF – Quando deputado federal, Agnelo Queiroz foi um dos autores da Lei nº 10.264/2001, conhecida como Lei Agnelo-Piva. O texto determina o repasse de 2% da receita bruta das loterias para os comitês Paralímpico e Olímpico brasileiros. Depois, quando assumiu o Ministério do Esporte, acompanhou a delegação brasileira nas principais competições olímpicas e paralímpicas.