A abertura oficial será às 10h, do sábado, 14 de abril. Durante a cerimônia, haverá a entrega do Prêmio Brasília de Literatura, que teve 1.621 inscrições em seis categorias

" /> A abertura oficial será às 10h, do sábado, 14 de abril. Durante a cerimônia, haverá a entrega do Prêmio Brasília de Literatura, que teve 1.621 inscrições em seis categorias

">

13/04/2012 às 18:12

Contagem regressiva para a 1ª Bienal

A abertura oficial será às 10h, do sábado, 14 de abril. Durante a cerimônia, haverá a entrega do Prêmio Brasília de Literatura, que teve 1.621 inscrições em seis categorias

Por

Thais Antonio, da Agência Brasília

Noventa anos depois da Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo em 1922, Brasília passará por uma verdadeira revolução cultural. A cidade sediará, de 14 a 23 de abril, a 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura, evento mais importante das comemorações dos 52 anos de Brasília.
 
“Nosso compromisso é transformar Brasília na capital do livro e da leitura. Fico muito feliz em comemorar o aniversário da nossa cidade com um evento como a 1ª Bienal do Livro e da Leitura. O livro, esse meio tão importante para a cultura e o conhecimento, é o atrativo para a ocupação democrática da Esplanada”, afirma o governador Agnelo Queiroz.
 
Com o tema “O poder transformador do livro e da leitura”, a programação incluirá lançamento de livros, shows, mostra de filmes, seminários, exposições e teatro. O formato da bienal foi pensado para democratizar o acesso da população às atividades, todas gratuitas. Shows de Caetano Veloso, Nando Reis e da banda brasiliense Capital Inicial estão confirmados. Meio milhão de pessoas são aguardadas durante os 10 dias da feira.
 
A abertura oficial será às 10h, do sábado, 14 de abril. Durante a cerimônia, haverá a entrega do Prêmio Brasília de Literatura, que teve 1.621 inscrições em seis categorias. Um total de R$ 240 mil será distribuído em prêmios.
 
Estrutura – A feira está sendo montada na Esplanada dos Ministérios, próximo à Rodoviária do Plano Piloto e à Biblioteca Nacional. Em um espaço de 14 mil m² de área coberta, mais de 150 expositores se dividirão em quatro pavilhões. Os pavilhões se ligarão por meio do Café Literário, espaço dedicado a lançamento de livros, palestras e debates. Dois auditórios receberão as palestras e debates maiores. Na área externa, haverá um palco para os shows.
 
A bienal trará a Brasília cerca de 50 escritores nacionais e internacionais, especialmente de países latinoamericanos e africanos. O escritor brasileiro Ziraldo e o nigeriano Wole Soyinka, prêmio Nobel de Literatura de 1986, serão homenageados. O secretário Hamilton Pereira acredita que será um momento importante para um intercâmbio cultural proveitoso. “Brasília retoma, no governo Agnelo Queiroz, a sua vocação de diálogo com as demais culturas do mundo”, declara. “Essa iniciativa retoma o impulso criador de Brasília, que foi pensada por um espírito cosmopolita”.
 
Estímulo à leitura – Realizada pelas secretarias de Estado de Cultura e de Educação, em parceria com o Instituto Terceiro Setor (ITS), a bienal soma investimentos de R$ 10 milhões e faz parte do Plano do Distrito Federal do Livro e da Leitura (PDLL). Lançado em agosto do ano passado, ele tem quatro eixos de atuação: democratização do acesso; fomento à leitura e à formação de mediadores; valorização da leitura e da comunicação e apoio à criação e ao consumo de bens da leitura.
 
O secretário de Educação do DF, Denilson Costa, ressalta que o PDLL é uma política de governo que estimula os educadores a inserirem a leitura como prática pedagógica. “O plano inclui a capacitação de professores, a formação de monitores e uma série de ações com orientação pedagógica de incentivo aos professores, funcionários e estudantes em relação ao livro e à leitura”, explica.
 
Todos alfabetizados – Além de incentivar a leitura, a atual gestão do GDF está determinada a fazer do Distrito Federal território livre do analfabetismo. Para isso, o governo lançou, em julho do ano passado, o programa DF Alfabetizado, com a meta de zerar o analfabetismo na região até 2014. O programa integra todo o governo, incluindo secretarias de Estado, regionais de educação e administrações regionais, além de instituições de ensino, movimentos populares e organizações não governamentais. Atualmente, 3,4% dos habitantes do Distrito Federal não são alfabetizados – aproximadamente 65 mil pessoas.
 
Para 2012, a meta do programa é ensinar a ler e escrever 10 mil pessoas, começando por cinco regiões com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): Ceilândia, Paranoá, Itapoã, Sobradinho e Estrutural. As inscrições para o DF Alfabetizado foram encerradas no fim de março. No segundo semestre, o programa abre novas vagas.

00024815

Pedro Ventura

Foto: Pedro Ventura