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26/02/2019 às 19:14, atualizado em 12/07/2019 às 16:36
Coordenador da Regional de Ensino de Planaltina diz que vai trabalhar para reforçar o processo de aprendizagem com iniciativas modernas e propositivas
O novo coordenador da Regional de Ensino de Planaltina, Bento Alves dos Reis, está no magistério há 25 anos – 19 dos quais na rede de ensino pública do Distrito Federal. Formado em letras, o professor ministrou aulas de língua portuguesa, foi gerente de educação básica da regional e vice-diretor do Centro de Ensino fundamental Rio Preto, na área rural. Bento ainda carrega no currículo outros dois títulos. É pós-graduado em gestão escolar e em ensino especial. Com muitas ideias para implementar nas escolas de Planaltina, ele conversou com a Agência Brasília sobre suas percepções e projetos para melhorar a oferta da educação pública na cidade. Sua proposta é reforçar a gestão participativa, integrando ainda mais família, escola e regional na busca por soluções de problemas. Na avaliação do educador, as escolas devem ser inovadoras e criativas, para enfrentar as dificuldades e motivar os alunos.
Qual a maior dificuldade enfrentada pela regional?
Os 19 anos em que estou na Secretaria de Educação foram trabalhados na Regional de Ensino de Planaltina. Vivo a realidade das nossas escolas diariamente. A questão do atendimento à educação infantil, na faixa de zero a 3 anos, é o maior problema a ser superado, porque a cidade, como muitas outras do DF, enfrenta problemas na regularização dos prédios, com a questão fundiária. Então, o próprio governo fica com dificuldades de construir. Às vezes, até tem o orçamento, mas precisa resolver a questão fundiária para tocar as obras. Agora, nossa grande dificuldade é esse atendimento. Estamos estudando a possibilidade de convênios com entidades e creches particulares, até que consigamos superar essa questão da construção de unidades do governo.
Como foram os preparativos para o início das aulas?
Após um levantamento feito pelas nossas equipes, identificamos 21 escolas em situação mais difícil. Iniciamos as obras por essas unidades para deixar tudo pronto até o início do ano letivo. Nas escolas que demandam reparos menores, vamos conseguir atuar com alunos já em aula, ao longo do ano. Esses casos emergenciais que trabalhamos eram situações mais graves de hidráulica, elétrica e questões estruturais.
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O que o senhor pretende implementar em sua gestão da regional?
Em Planaltina, queremos intensificar a questão da gestão participativa. Vamos seguir a orientação do próprio secretário e implementar o fórum de gestores, trabalhando diretamente com os diretores de escola. Já que o processo de protocolo se tornou eletrônico, as questões administrativas já não estão sendo tratadas diretamente. Então, vamos tratar com o diretor apenas as questões pedagógicas, do aprendizado. Se a escola está com baixo rendimento, vamos com o gestor buscar a solução para o problema. Para isso, temos como aliados toda a estrutura da regional e o know-how das equipes de educação básica para apoiar e transformar essa realidade. Nosso foco é melhorar o rendimento dos alunos, potencializando o processo de aprendizagem de cada um.
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Como melhorar o desempenho dos alunos de Planaltina?
O Idep [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] do DF foi nota 6. Já a média das escolas de Planaltina foi 5,5, embora tenhamos escolas que ultrapassaram essa média do DF – a da qual fui vice-diretor tirou nota 6,5. Lá fizemos exatamente esse trabalho colaborativo envolvendo a participação da família, da comunidade, da regional e dos educadores. Essa foi uma excelente experiência que tivemos lá, que quero ter a oportunidade de levar para todos as escolas da cidade. O Centro de Ensino Fundamental Rio Preto está numa área rural e tinha uma nota muito abaixo da meta. Implementamos lá uma série de medidas e conseguimos melhorar muito. É um trabalho de equipe maravilhoso.
Qual será o foco de atuação da regional?
Precisamos focar no aprendizado e na inclusão dos estudantes. Para isso, temos de reforçar o trabalho pedagógico e o estímulo a projetos modernos, criativos e motivadores. Queremos alunos aprendendo realmente com uma educação inovadora e criativa. Precisamos que as escolas se adequem ao tempo que vivemos. Hoje, as escolas precisam despertar o interesse dos estudantes e os pais precisam ser parceiros, estar dentro da escola. A família precisa acompanhar esse processo de aprendizagem de perto. Os professores precisam de um carinho especial, precisam ser motivados com histórias positivas, projetos interessantes. Motivados, eles saberão motivar também. Esse trabalho de união de pais, regional, escola, vamos continuar fazendo diariamente.