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03/11/2012 às 11:32
Entidade colabora com alimentos, roupas, remédios e acessórios, além do atendimento psicológico
Ajudar. Essa é a palavra de ordem da Rede Feminina de Combate ao Câncer, Organização Não Governamental (ONG) que atende pacientes e famílias no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Atuando em Brasília desde 1996, a Rede distribui aos necessitados cestas básicas, lanches, remédios, roupas, fraldas descartáveis e acessórios, além de oferecer atendimento psicológico. São 80 voluntários no HBDF, outros 40 em atendimentos externos e mais 300 sócios contribuintes. “É uma organização séria, que merece todo o nosso apoio. Sentimo-nos honrados em poder incentivar as atividades desenvolvidas pela ONG nas dependências deste hospital”, disse o diretor-geral do HBDF, Julival Ribeiro.
Para ajudar a manter os projetos assistenciais – inclusive com distribuição de cadeiras de rodas, bengalas, seios postiços e passagens de ônibus – , existe um bazar beneficente que vende produtos doados ou fabricados pelos voluntários, familiares e pelos próprios pacientes. Para a confecção de colares, chaveiros e brincos, os pacientes e acompanhantes recebem aulas e têm acompanhamento especializado até a finalização do produto que vai para as prateleiras. “A oficina faz com que o paciente se distraia e deixe de pensar um pouco na doença”, diz a coordenadora dos trabalhos da Rede Feminina, Vera Lúcia Bezerra.
Leitura no HBDF – Outro projeto em execução no Hospital de Base é o Cantinho da Leitura. Colaboradores da Rede doam livros e revistas que são oferecidos em três pontos distintos para distribuição. “Melhor o paciente viajar no mundo das letras do que se enterrar na depressão”, ensinou Vera Lúcia. Também em número de três são os bebedouros de água filtrada espalhados pelo ambulatório. “Só não fornecemos os copos descartáveis. Tem até o aviso nos bebedouros para trazer a garrafinha de casa”, disse a coordenadora.
A psicóloga Ana Paula Soares Fernandes disse que a ajuda da Rede vai muito além do que se vê. “Damos o ombro amigo a pacientes em tratamento ambulatorial ou internados na Enfermaria. Esse acompanhamento psicológico é muito importante. Além disso, quando a paciente recebe alta e vai para casa, leva a prótese mamária para ajudar na autoestima”. As próteses são confeccionadas por voluntárias. “Distribuímos cerca de três mil por ano”, completou Vera Lúcia. Outra atividade da Rede em prol da autoestima dos internados é o salão de beleza móvel. “Nossos colaboradores são profissionais dessa área e cortam cabelo, fazem barba e pintam unhas”, disse a coordenadora.
Além da distribuição de cestas básicas – hoje são 230 por mês –, a Rede Feminina fornece alimentação complementar aos acompanhantes. “Preparamos 100 lanches à tarde, sempre às 16h. Distribuímos a merenda em um local arborizado, longe do sofrimento do paciente, mas no contexto hospitalar. Também oferecemos lanches no ambulatório aos pacientes que esperam atendimento. São 100 unidades pela manhã e outras 100 à tarde. Tudo embalado corretamente, obedecendo às normas técnicas de higiene. A direção do HBDF nos apoia em todas as ações”, finalizou Vera Lúcia.