Ecoarena de Brasília é destaque nos EUA

O U.S. Green Building Council (USGBC) fez hoje importante referência ao projeto do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. Apontou a obra como um exemplo de iniciativa governamental de grande contribuição para o tema da sustentabilidade. O USGBC é uma entidade internacional, referência em construções sustentáveis e responsável por conceder o selo máximo, o Leed Platinum.

“É de grande importância a participação do governador Agnelo Queiroz no Greenbuild International Conference and Expo. É fundamental para nós que iniciativas sustentáveis venham de todas as parte do mundo, e esta que vem do Brasil é especialmente importante para nós. Congratulo o governador Agnelo pela decisão de buscar a certificação máxima de sustentabilidade do estádio que poderá ser um exemplo para todo mundo, já que o Leed Platinum é um reconhecimento de padrão internacional”, destacou Scot Horst, vice-presidente do USGBC.

Scot Horst deu as boas-vindas ao governador do Distrito Federal na manhã de hoje, horas antes de Agnelo Queiroz apresentar a palestra para a qual foi convidado especialmente.

Agnelo Queiroz foi a única autoridade brasileira convidada a participar do evento, em São Francisco, nos Estados Unidos, que reúne 35 mil pessoas entre representantes de entidades ambientais, arquitetos e empresas ligadas a construções sustentáveis.

“O estádio vai alavancar uma série de benefícios sociais e econômicos para a capital federal, gerando um legado imensurável. Com geração de emprego e renda, vai movimentar o setor de Serviços e o turismo, que é uma indústria limpa, e tudo isso vai refletir em mais oportunidades e melhor qualidade de vida para a nossa população. A certificação Leed Platinum se soma a isso, porque, além de usar corretamente e preservar os recursos naturais do planeta, servirá como exemplo de política pública e de conscientização”, afirmou Agnelo Queiroz.

Governador fez palestra de 15 minutos em que apresentou todos os pontos que transformam a obra em Ecoarena. A apresentação aoonteceu às 16h (meia-noite, no horário de Brasília). Veja quadro abaixo com os principais itens sustentáveis da obra.

“Fizemos um estudo bioclimático para aproveitar melhor os fatores climáticos, como a iluminação solar e os ventos, e para minimizar o uso de lâmpadas e ar-condicionado. Também avaliamos como captar a água da chuva e usá-la para a irrigação do gramado”, afirmou o arquiteto Vicente Castro Mello.

A obra sustentável do Estádio Nacional de Brasília está inserida em um contexto de política pública de meio ambiente que passa por outras frentes de ação como, por exemplo, o programa Brasília, Cidade Parque, que cria 71 parques ecológicos e 22 unidades de conservação do DF; e o programa Tempo de Plantar, que vai plantar em todo o DF mais 1,5 milhão de mudas nativas do Cerrado ate 2014. Além de opções de mobilidade urbana não poluentes, como a construção de 600km de ciclovia em todo o DF e a introdução de ônibus híbrido e elétrico; e do bairro verde da capital, o Noroeste, que pelo seu modelo sustentável também recebeu o prêmio Oracle Eco-Enterprise Innovation 2012, que contempla as melhores iniciativas sustentáveis em todo o mundo.

Acompanham o governador Agnelo Queiroz, o presidente da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), Antônio Carlos Rebouças Lins; o presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), Nilson Martorelli; o diretor-presidente da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa), Vinícius Benevides; a secretária de Comunicação Social, Samanta Sallum; o porta-voz do GDF, Ugo Braga; o chefe da Assessoria Internacional, Odilon Frazão, e o arquiteto e coautor do projeto do estádio, Vicente Castro Mello.

Itens sustentáveis do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha

– Iluminação Natural: A membrana da cobertura possui um componente fotocatalítico chamado TiO2 (dióxido de titânio), que extrai poluentes da atmosfera e mantém a cobertura, que é autolimpante, limpa e branca. A cobertura branca libera a passagem de iluminação natural e reflete os raios solares, reduzindo o calor interno e a necessidade do uso de ar-condicionado ou outro tipo de ventilação artificial.

– Despoluição: A cobertura ainda decompõe óxidos de nitrogênio (NOx) contidos na atmosfera, provenientes de gases emitidos por veículos e outras fontes. O volume de remoção da cobertura montada será equivalente a retirar 104 automóveis ou 75 caminhões das ruas a cada hora que o sol estiver refletindo.

– Energia Solar: A Ecoarena terá cerca de 9,6 mil painéis fotovoltaicos que serão capazes de gerar 3,5 milhões de quilowatt por ano, tornando o estádio o primeiro no mundo a ser autossuficiente em produção de energia e, ainda, produzir excedente que será utilizado em outras partes da cidade.

– Reaproveitamento de água: A água da chuva será captada pela cobertura e pelo piso permeável em volta do estádio e será armazenada nas cisternas. A água não potável será utilizada nos vasos sanitários, mictórios, irrigação do gramado e lavagem em geral. O sistema todo vai armazenar 6,84 milhões de litros de água. Isso equivale a 80% da demanda de água não potável do estádio.

* Faça o download da íntegra da apresentação do governador no anexo abaixo.