27/11/2012 às 18:29

Atenção domiciliar atende 63 pacientes em Samambaia

Programa de Internação Domiciliar atende em casa moradores de Samambaia. A equipe realiza visitas programadas na residência do paciente e providencia insumos, curativos, cadeira de banho, cama hospitalar, aspirador portátil e nebulizador

Por Secretaria de Saúde

Profissionais do Programa de Internação Domiciliar atendem em casa 63 moradores de Samambaia. O programa, que já prestou assistência a 148 pacientes desde o início do funcionamento em 2010, possibilita a alta hospitalar precoce de forma assistida e consequente liberação de leitos da enfermaria, além do acompanhamento de pacientes crônicos com incapacidade de acesso à unidade básica.
 

O serviço atua na prevenção da re-hospitalização e na redução dos custos hospitalares. O atendimento domiciliar humanizado é realizado em Samambaia por uma equipe multiprofissional e tornou-se referência tanto para os pacientes quanto para os cuidadores, que dedicam boa parte do tempo ao alívio da dor do paciente.
 

“O NRAD [Núcleo Regional de Atenção Domiciliar] serve de lenitivo ao sofrimento humano”, diz o médico do programa Carlos Eduardo Araújo Faiad. Segundo ele, esse é o verdadeiro papel do atendimento domiciliar, que atende o paciente e cuida dele, mas também atua em todo o seu contexto familiar, no ambiente em que está inserido, nas pessoas que estão ao seu redor. É a partir dessa visão que o NRAD de Samambaia disponibilizou o ambulatório do cuidador, que funciona às sextas-feiras no hospital, conforme a demanda.
 

De acordo com Carlos Eduardo, o cuidador não tem tempo de se preocupar com a própria saúde. “A ideia do ambulatório foi propiciar suporte médico e eventualmente psicológico ao cuidador que abandona sua rotina para se dedicar a outra pessoa. Já tivemos casos de depressão, transtornos de ansiedade”, enfatiza.
 

A equipe realiza visitas programadas na casa do paciente e providencia insumos, curativos, cadeira de banho, cama hospitalar, aspirador portátil e nebulizador. Em um primeiro momento, o local é avaliado, e, se for o caso, são sugeridas interferências que deverão ser realizadas para melhor adequação ao paciente. Além disso, os cuidadores são capacitados e orientados a atender as necessidades da pessoa, promovendo assim a reintegração em seu meio familiar e social.
 

Os casos atendidos pelo programa de Samambaia abrangem pacientes com sequelas neurológicas, motoras ou de AVC; pacientes oncológicos em cuidados paliativos; e aqueles que fazem uso contínuo de oxigênio. Para ser inserida no programa da regional de saúde, a pessoa deve residir na cidade e ter sido avaliada anteriormente por profissional médico. Seu quadro clínico também deve constar em relatório de forma especificada. Os pacientes geralmente são referenciados por profissionais da atenção primária ou da gestão de leitos, mas a própria família também pode fazê-lo, entrando em contato com o NRAD. Cada caso é avaliado pela equipe interdisciplinar do programa.
 

Intermediador – Para a chefe do Núcleo Regional de Atenção Domiciliar de Samambaia, Leliane Lima Lellis, o serviço em domicílio atua como um intermediador. “O Programa de Internação Domiciliar representa um ganho para a regional de saúde. Pacientes que apresentam quadro complexo para a atenção primária e considerado mais simples para o hospital são atendidos pelo programa”, destaca.
 

De acordo ainda com a chefe do NRAD, a regional conta hoje com uma equipe multidisciplinar, mas, segundo ela, espera-se a formação de uma outra equipe. “Estamos trabalhando para a formação de uma segunda equipe no próximo ano e, assim, poder ampliar o atendimento. Já contamos com alguns profissionais para isso”, conclui.
 

A equipe de Samambaia é integrada atualmente por médico, enfermeiro, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, quatro auxiliares de enfermagem, além de nutricionista, assistente social e técnico administrativo. É considerada uma equipe completa, referida a uma população mínima de cem mil habitantes, conforme o que estabelece a Portaria nº 2.529 de 19/10/2006, do Ministério da Saúde, que instituiu a internação domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde.