29/11/2012 às 19:38

Turma da Mônica contra a discriminação

Gibi que conta histórias de personagens soropositivos será distribuído para estudantes de escolas públicas do Núcleo Bandeirante, Plano Piloto e Taguatinga, entre outros locais 

Por Marôa Pozzebom, da Secom


. Foto: Lula Lopes

As histórias da Turma da Mônica fizeram a alegria de muitas crianças e adultos no Centro de Ensino Infantil 02, em Brazlândia, na manhã desta quinta-feira (29). Por conta do sucesso entre os mais diversos públicos, Maurício de Sousa, criador das aventuras de Mônica, Cebolinha, Magali, Cascão e Chico Bento, lançou o gibi “Amiguinhos da Vida”, com personagens soropositivos. O objetivo é combater a discriminação e o preconceito contra crianças e adolescentes portadoras do vírus HIV em três regionais da Secretaria da Educação: Núcleo Bandeirante, Plano Piloto e Taguatinga.
 

O projeto é resultado de parceria entre as secretarias da Criança e de Educação, a organização não governamental (ONG) Associação dos Amigos da Vida e a Embaixada da Austrália. A ação tem ainda como patrocinadores a Petrobras e o Laboratório Sabin. Durante o evento, o convênio que garante essa parceria foi assinado pela secretária da criança, Rejane Pitanga, a primeira-dama do DF, Ilza Queiroz, e o presidente da ONG Amigos da Vida, Christiano Ramos.
 

“Todo o esforço do GDF em lançar campanhas como essas é para que a população se conscientize de que crianças soropositivas vivem da mesma forma que os personagens Igor e Vitória: saudáveis e vivendo uma vida normal”, destacou a primeira-dama, Ilza Queiroz.
 

A revista é um instrumento de combate ao preconceito e à discriminação. Tem uma linguagem que, apesar de ser voltada para a criança e o adolescente, atinge também adultos. “O trabalho pretende resolver um problema presente nas mídias voltadas para crianças. O Maurício tem uma linguagem bem acessível, bem leve. Ele agora desempenha um papel inédito, que é trabalhar a Aids com muita leveza, tranquilidade e naturalidade para as crianças”, ressaltou a secretária Rejane Pitanga.
 

Segundo o cartunista Mauricio de Sousa, o preconceito ainda existe, e é necessário focar na disseminação da informação o mais cedo possível, pois crianças não nascem com conceitos formados. “Vamos usar a credibilidade da Turma da Mônica e nossa técnica de comunicação para espantar esse preconceito, principalmente do adulto, que muitas vezes sugere medo à criançada. Vamos mostrar que a criança soropositiva pode ter uma vida normal, com a pequena diferença de ter de tomar remédio em horas certas e, caso venha a se ferir, precisa de alguém para cuidar do ferimento. Fora isso, é uma vida normal”, lembra Maurício.
 

A distribuição das revistas é gratuita e será feita nas brinquedotecas do Distrito Federal, nas pediatrias dos hospitais da Rede Amil, postos de gasolina Petrobras e em hospitais públicos da Secretaria de Saúde do GDF.