Com mais de 18 anos de tradição, o bloco Menino de Ceilândia arrastou  foliões ao som do frevo e marchinhas tradicionais" />

Com mais de 18 anos de tradição, o bloco Menino de Ceilândia arrastou  foliões ao som do frevo e marchinhas tradicionais">

11/02/2013 às 10:05

Carnaval com cara de nordeste

CARNAVAL 700 PX

Com mais de 18 anos de tradição, o bloco Menino de Ceilândia arrastou  foliões ao som do frevo e marchinhas tradicionais

Por Secretaria de Comunicação Social


. Foto: Ailton Mesquita

O frevo foi o ritmo principal do carnaval na maior região administrativa do Distrito Federal durante a tarde desse domingo (10). Desde 1995, a Associação Cultural Menino de Ceilândia dá vida aos grandes bonecos dançantes e convida a comunidade para integrar a cultura popular local. Mais de mil pessoas acompanharam a festa.
 

O bloco percorreu a área residencial e voltou para o centro de Ceilândia, onde finalizou sua apresentação. Depois, o som ficou por conta dos grupos Fuzuê Candango e Maria Vai Com as Outras, que deram continuidade às marchinhas tradicionais e abriram espaço para o axé music até a meia-noite. O carnaval da cidade volta na terça-feira (12), a partir das 14h.
 

Fantasiada de “diabo loiro”, a estreante no carnaval ceilandense Edna Batista, de 42 anos, foi uma das foliãs que mais chamou a atenção na festa. “Nasci aqui e fico muito mais à vontade curtindo o carnaval e esperando o bloco chegar perto de casa”, comemorou, animada.
 

A estrutura para receber a festa de carnaval foi montada na CNM 1, no coração de Ceilândia, cidade que acolhe a maior quantidade de nordestinos no Distrito Federal.
 

Cerca de 300 pessoas trabalharam para colocar o bloco na rua e fazer bonito nas avenidas da cidade. “Trazemos música, dança, artes plásticas e o melhor: trabalhamos o social das pessoas. Esse pessoal aqui contagia as pessoas”, destacou Esdras Marcílio, vocalista do grupo.
 

Quem dá nome à tradicional agremiação é o mais antigo e charmoso dos 20 bonecos, o Menino de Ceilândia, que pesa cerca de 30kg. A música fica por conta da Orquestra Popular Menino de Ceilândia, formada por 22 jovens da própria comunidade, que recebem aulas de música para fazer bonito na avenida.
 

“O bloco também é um ponto de cultura e tem um aspecto social muito forte. Além de oferecer cursos voltados para o carnaval durante todo o ano, trocamos as camisetas do bloco por alimentos que serão doados a instituições”, explicou Ailton Velez, presidente da agremiação carnavalesca.