Força-tarefa da Polícia Civil aumenta esclarecimento de homicídios

Garantir a qualidade e a velocidade da investigação de crimes violentos é o principal alvo de um grupo de elite formado por delegados e agentes da Polícia Civil especializados na elucidação de mortes violentas. A região administrativa do Paranoá foi escolhida como cenário para desenvolver o projeto-piloto, que deverá ser expandido para todo o Distrito Federal. Os primeiros resultados apontaram redução de 57% no índice de homicídios na região em um período de apenas seis meses. O resultado do projeto Ação Imediata foi divulgado, nesta terça-feira (5), pelo Secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, na 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá).
 

O grupo, formado por policiais da Coordenação de Crimes Contra a Vida (Corvida) da Polícia Civil, especialmente designado para atuar em casos de homicídios no Paranoá e no Itapoã, investigou 20 casos de mortes violentas ocorridas entre 15 de agosto de 2012 e 15 de fevereiro deste ano. No mesmo período do ano anterior, as duas cidades registraram 35 homicídios.
 

“Em seis meses, esse grupo conseguiu alcançar resultados fantásticos. Nosso objetivo é espalhar células em todas as cidades do DF nos próximos meses”, adiantou Sandro Avelar. O secretário lembrou que existe o planejamento para que sejam abertas mais 3.029 vagas na Polícia Civil nos próximos dois anos, entre cargos para agentes, escrivães, delegados e peritos criminais.
 

A produção policial do Ação Imediata vai além da redução de mortes violentas. Ao todo, 26 autores envolvidos nos homicídios ocorridos na cidade – durante o desenvolvimento do projeto – foram presos em flagrante; outros três suspeitos já tiveram mandados de prisão expedidos pela Justiça e estão sendo procurados pelas forças policiais.
 

Segundo o diretor-geral da Polícia Civil, delegado Jorge Xavier, a ideia para a criação do Ação Imediata surgiu para enfrentar o fenômeno criminológico do acerto de contas, principal motivação para as mortes violentas. “Elucidando o crime com maior celeridade e prendendo os autores, evitamos que vinganças ocorram e, por consequência, mais assassinatos. Geralmente, os homicídios praticados no DF possuem relação interpessoal entre vítima e autor. Além disso, podemos dizer que esse trabalho acaba com o sentimento de impunidade”, explicou o delegado.