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06/01/2014 às 11:25
O uso contínuo e sem proteção pode causar alergia de pele e respiratória
BRASÍLIA (6/1/14) – Quem gosta de caprichar na limpeza da casa deve tomar cuidado com o contato prolongado com os produtos de limpeza. A Secretaria da Saúde adverte que o uso repetitivo de algumas substâncias pode causar alergias, especialmente a quem lida com detergentes, sabão em pó, água sanitária, amaciantes de roupas e desinfetantes.
“Em casos mais graves, a reação alérgica pode levar ao edema de glote atingindo a garganta, laringe, faringe, traqueia e brônquios, e, se não houver intervenção médica rápida, pode levar à morte”, alertou a médica Olga Messias Alves de Oliveira, do Samu.
Os cuidados no uso desses produtos devem ser respeitados de acordo com as recomendações impressas nas embalagens. As alergias podem se manifestar na pele ou vias respiratórias causadas por contato direto ou por cheiros das substâncias encontradas nos produtos químicos.
Os principais sinais de alergias são: coceira, vermelhidão, lesões secas, descamações da pele, inchaço, chiado na respiração e dificuldade para respirar, acrescentou a médica. Segundo Olga, os sinais de reação alérgica podem surgir nos braços, mãos e unhas, com escamação, e podem até formar bolhas e nódulos.
A médica dá algumas alternativas para deixar a casa limpa
Bicarbonato de sódio – tira o odor e é desengordurante;
Vinagre branco – é ótimo para eliminar bactérias e limpar principalmente banheiro;
Sabão de coco – substitui os detergentes normais;
Detergentes biodegradáveis e álcool – substitui água sanitária e desinfetante;
Limão – retira sujeiras difíceis tipo gorduras antigas;
Glicerina – ótima para combater o mofo;
Quanto aos amaciantes de roupas a recomendação é que deixe de usá-los.
Em relação aos produtos industrializados ou químicos, é importante observar as recomendações, como guardá-los ao abrigo do sol e da luz, dentro de armários trancados, longe de alimentos e de medicamentos. Alguns desses são inflamáveis e devem ser mantidos distantes até de instalações elétricas. Alguns não podem ser misturados, porque seu contato desencadeia reações químicas altamente tóxicas.
Os rótulos das embalagens contêm todas as informações sobre o produto e medidas para evitar ou minimizar os inconvenientes do seu uso. Nesse sentido, os produtos caseiros ou artesanais vendidos nas ruas são tratados como clandestinos e potencialmente perigosos quando não informam a composição, a validade, os antídotos e outros dados essenciais no tratamento da possível vítima.
O rótulo deve conter prazo de validade, nome do fabricante e do responsável técnico, finalidade do produto, quantidade e modo de usar, composição química detalhada, ingrediente químico ativo, forma de conservação e armazenamento, precauções, classe toxicológica e instruções sobre o que fazer em caso de acidente, além do registro no Ministério da Saúde. Detergentes e amaciantes de roupa são dispensados desse registro, mas o rótulo deve mencionar a Resolução ANVISA 336/99.
(B.F./M.D.*)