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20/01/2014 às 10:03
No local, mulheres vítimas de violência podem ser atendidas juntamente com os filhos
BRASÍLIA (20/1/14) – A Casa Abrigo, unidade de acolhimento de mulheres vítimas de violência, recebeu 138 mulheres, 159 crianças e 13 adolescentes no último ano. No total, a equipe multidisciplinar formada por psicólogas, assistentes sociais, advogadas e pedagogas prestou 4.806 atendimentos, 9,17% a mais que em 2012.
“Nosso foco é tornar o local um espaço onde todas terão a oportunidade de conhecer melhor os seus direitos e, por meio dos programas de capacitação, terem condições de aprender uma profissão e, dessa forma, se tornarem independentes”, destacou a secretária da Mulher, Olgamir Amância.
Para serem atendidas pela Casa Abrigo, as mulheres precisam ser encaminhadas pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), uma vez que foram vítimas de violência em situação extrema.
No local, juntamente com os filhos, as mulheres atendidas podem permanecer por até 90 dias, período em que terão atendimento psicopedagógico e participarão de ações que envolvem atividades físicas, lúdicas e de caráter sócio-ocupacional.
Reuniões, terapias de grupo e oficinas de artesanato são algumas das formas usadas pela equipe de profissionais para promover o trabalho de reinclusão das mulheres na sociedade, com foco na autonomia e na emancipação. Os cursos são ministrados por meio de parcerias com entidades do DF.
Crianças em idade escolar são encaminhadas a uma escola próximo à Casa Abrigo, de modo que não percam o ano letivo. Quem precisa de cuidados médicos também recebe encaminhamento ao posto de saúde mais próximo. Em ambos os casos, o transporte e a segurança são providenciados pela Secretaria da Mulher.
CONTINUIDADE – O acompanhamento psicológico às famílias tem continuidade após a saída da Casa Abrigo, já que filhos e mães, assim como o agressor, são encaminhados ao Núcleo de Atendimento à Família e aos Autores de Violência Doméstica (Nafavd) ou ao Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam).
Em todos os casos, há terapia individual e coletiva para os envolvidos, e, geralmente, o tempo de acompanhamento é de seis meses, podendo ser prorrogado, a depender do caso.
“Os agressores não recebem proteção, e sim reeducação, para que reflitam sobre a forma como viviam e, desse modo, cessar o ciclo de violência”, enfatizou a secretária.
Durante o período em que estão na casa, as mulheres são avaliadas por assistentes sociais para receber os benefícios a que têm direito – como salário-aluguel e Bolsa Família -, e a Secretaria da Mulher procura inserir as que não possuem nenhuma perspectiva de trabalho em programas de qualificação profissional e na rede de empregos.
CAMPO – O GDF também prestou assistência às mulheres residentes em áreas rurais. Em 2013, foram realizadas mais de 800 ações de combate à violência doméstica e familiar nessas regiões.
Entre as iniciativas, destaque para o “Ônibus da Mulher” que leva atendimento jurídico, social e psicológico às moradoras de comunidades distantes e carentes, além de promover atividades lúdicas e educativas, de sensibilização e conscientização.
“Desde outubro, quando iniciamos as primeiras visitas, fizemos mais de 300 atendimentos, em 10 comunidades de Planaltina e Brazlândia”, destacou a secretária da Mulher, Olgamir Amancia.
Outra medida importante promovida pelo GDF no ano passado foi a criação do Fórum Distrital Permanente das Mulheres do Campo e do Cerrado, que tem a finalidade de formular e debater propostas de políticas de combate à violência contra a mulher e à sua autonomia.
(F.M/J.S*)