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15/11/2019 às 09:02, atualizado em 11/04/2024 às 15:41
Material colocado nas vias controladas pelo DER passam por controle de qualidade no laboratório do órgão
O Distrito Federal possui cerca de 2 mil quilômetros de rodovias distritais, por onde milhares de veículos trafegam diariamente. Essas pistas, administradas pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER/DF), passam por um rigoroso controle do asfalto (veja mais no vídeo abaixo), em que amostras são analisadas no laboratório do órgão. Tudo para garantir a segurança e qualidade das vias.
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Essas verificações são feitas no Parque Rodoviário do DER, localizado em Sobradinho. É lá, no laboratório de testes, que os funcionários da Diretoria de Tecnologia (Ditec), vinculada à Superintendência Técnica, testam os materiais que são colocados nas rodovias.
Entenda a seguir como funciona o processo de feitura dos compostos até sua aprovação e liberação para a pavimentação das vias.
Antes de a obra ser iniciada, a empresa contratada envia um projeto de mistura asfáltica para o DER. Essa combinação é feita de britas (agregados graúdos), areia (agregados miúdos), filler calcário, cal hidratada e Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP).
Juntos, formam a mistura asfáltica que deve obedecer a padrões técnicos. No Distrito Federal, é seguida a Norma 031/2006 do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Após receber as misturas da empresa, o DER realiza os testes no laboratório. Nesse processo de análise, o DER faz testes de elasticidade, tração, resistência entre outros. A análise costuma levar 15 dias e, nesse período, são feitos de cinco a seis ensaios com o material enviado pela empresa.
Ainda com a massa asfáltica são feitos testes com o equipamento triaxial de asfalto, o mesmo mede a elasticidade da massa asfáltica e a Prensa Marshall que mede a resistência. Após a aplicação da massa asfáltica feita na pista, são feitos outros ensaios: a verificação da espessura da camada, o teor do ligante asfáltico (CAP), o pêndulo britânico e o ensaio de mancha de areia.
O primeiro, entre outras coisas, tem o objetivo de executar ensaios de resistência de superfícies úmidas à derrapagem. O segundo tem o objetivo de avaliar a macrotextura dos agregados (brita), parâmetros que influem diretamente na aderência/atrito entre pneu e pavimento.
Um bom asfalto vai respeitar exatamente as normas e padrões previstos pelo Dnit. O desafio é fazer com que, as provas enviadas ao laboratório em pequena quantidade, sejam repetidas em larga escala nas usinas de asfalto.
Após ser aprovado, o material vai às rodovias distritais. O trabalho dos técnicos do órgão não para por aí e eles retiram provas do asfalto para examinar o material. Essa verificação se repete após um ano, quando é feito o levantamento funcional da via e repassado os dados para a Superintendência de Obras do DER.
Mesmo com todos esses testes e rigor, o órgão conta também com a participação popular para sugestões, demandas e reclamações sobre as rodovias. Quem avistar uma trinca, buraco ou desnível nas rodovias distritais pode entrar em contato com a Ouvidoria do GDF pelo telefone 162 e informar a situação.
Nós temos adquirido equipamentos que tornam o laboratório de ponta. Investimos R$ 3 milhões em equipamentos, tanto para o laboratório de asfalto quanto o de solo. O de asfalto contempla os concretos e tintas também, já que fazemos ensaios nas tintas aplicadas nas rodovias. Realizamos treinamentos também.
A empresa é contratada e desenvolve o projeto de mistura asfáltica. Nós designamos fiscais para acompanhar a empresa e, logo após a aprovação desse traço [de mistura], eles trazem os produtos que eles coletaram das amostras. fazemos os nossos ensaios e, se estiver dentro dos padrões, emitimos um laudo dizendo que aquele projeto de mistura asfáltica está aprovado e pode ser utilizado.
Caso não esteja, dizemos que no momento não está aprovado e a empresa tem que fazer as correções necessárias para o asfalto ter qualidade. Tanto na fase de preparação como após a aplicação do material, nós fazemos vistorias para detectar possíveis falhas e trincas que podem ser feitas pequenas correções. Geralmente após um ano daquela aplicação.
Quando há defeitos, repassamos para a Superintendência de Obras. Se estiver na garantia, acionamos a empresa para realizar a correção. Quando não está, o próprio DER faz o reparo.
É aquele que traz a imagem do seu traço, que é o projeto de mistura asfáltica, de preferência que tenha uma usina que consiga dosar como ele foi feito em laboratório. O bom asfalto segue a quantidade adequada de CAP, tem o teor adequado, juntamente com a composição granulométrica de todos os agregados (compostos).
Assista ao vídeo: