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10/02/2014 às 16:22, atualizado em 12/05/2016 às 17:53
Assunto é tema da série especial que pode ser acompanhada na Agência Brasília
BRASÍLIA (10/2/14) – O primeiro passo para o fechamento definitivo do Lixão da Estrutural foi dado, nesta segunda-feira (10), com o lançamento da coleta seletiva no Distrito Federal, ação que abrangerá as áreas urbanas e rurais. A iniciativa começará a funcionar efetivamente no dia 17 de fevereiro, e, até essa data, será realizada ampla divulgação para esclarecer todas as fases do processo à população.
“Nessa semana faremos um trabalho exaustivo de esclarecimento para mudar o comportamento das pessoas e conscientizar a todos sobre o funcionamento da coleta seletiva. Ninguém será punido nesse primeiro momento. Esse anúncio hoje é uma ação fundamental para a mudança da política de meio ambiente no DF”, informou o governador Agnelo Queiroz, acompanhado pelo vice-governador, Tadeu Filippelli.
O governador anunciou ainda que o DF tem a meta ousada de reciclar 15% do lixo seco recolhido no período de um ano após a implantação do novo sistema. “Curitiba, que foi pioneira nesse processo no Brasil, consegue chegar a 21%, portanto, sabemos que é um grande desafio. Mas contamos com a conscientização da nossa população, que é parte fundamental nesse processo”.
O diretor-geral do Sistema de Limpeza Urbana (SLU), Gastão Ramos, disse que a política de resíduos sólidos do DF baseia-se essencialmente no fechamento do Lixão da Estrutural. “Para que isso ocorra, trabalhamos com três pilares, que é a implantação da coleta seletiva, que lançamos hoje; a construção do primeiro aterro sanitário do DF, e a construção dos centros de triagem, ambas as obras em andamento”, ressaltou.
Os caminhões responsáveis pela coleta seletiva passarão em dias e horários específicos, em cronograma que será divulgado até quarta-feira (12) no site do SLU. Já a coleta convencional, realizada diariamente, não sofrerá nenhuma alteração de horário e itinerário. “O único trabalho que a população terá é o de separar o lixo seco do orgânico. Quero que a coleta seletiva no DF seja referência como é a faixa de pedestre”, destacou Ramos.
O início dos trabalhos foi resumido pela coordenadora da Associação Recicla a Vida, Mônica Mendes, “como a concretização de um sonho”. Segundo ela, os catadores eram discriminados pela sociedade e agora estão sendo reconhecidos pelo governo, que entregará 100% do lixo seco às cooperativas. “Com essa iniciativa, teremos um local digno para trabalhar e cuidar dessa riqueza, que é o lixo, de onde centenas de famílias tiram o seu sustento”.
Compartilha da mesma opinião a presidente da Associação Ambiente, Ana Cláudia de Lima Santos, que trabalha como catadora há mais de dez anos na Estrutural. “Nossa luta é por dignidade. Espero que a partir de agora nossa história seja mudada. Até maio, mês que marca o fechamento do Lixão, poderei dizer efetivamente que vencemos essa luta, e marcaremos a história dos catadores de Brasília”, destacou.
A Coleta Seletiva é o tema da série de reportagens que passa a ser publicada a partir desta segunda-feira (10), na Agência Brasília. A primeira matéria especial abordará a implantação do novo sistema no DF e pode ser acompanhada aqui.
(K.I./M.D.*)