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19/02/2014 às 18:17
Equipamentos importados dos EUA colocam a corporação como referência no país
BRASÍLIA (19/2/14) – O Corpo de Bombeiros recebeu quatro novos equipamentos de alta tecnologia, importados dos Estados Unidos, que auxiliarão no atendimento às ocorrências que envolvem produtos químicos. Os detectores, que funcionam como um laboratório móvel e dão resultados de análises em até três minutos, a depender da amostra, são os únicos da América Latina, segundo os fabricantes.
“Eles servem para o balizamento de todas as ações que serão feitas. A partir do momento em que sabemos com qual produto estamos lidando, podemos definir protocolos de segurança e métodos de descontaminação e informar ao hospital de referência, por exemplo, a substância que contaminou o paciente” explicou o capitão Rodrigo Rasia, do Serviço de Atendimento a Emergência com Produtos Perigosos do CBMDF.
Adquiridas por pouco mais de R$ 1,6 milhão, as ferramentas entram em operação este mês e já contam com 80 militares do Grupamento de Proteção Ambiental treinados para operá-los. Apesar de serem eletrônicos, os aparelhos são fabricados para serem resistentes à chuva e outras intempéries e para funcionar em locais remotos.
Um dos dispositivos é o HazMatID 360, que possui um sistema capaz de identificar, em menos de um minuto, mais de 32 mil sólidos, líquidos e particulados, a depender da qualidade da amostra coletada. Com esse tempo de resposta curto, de acordo com o capitão Rasia, é possível tomar decisões mais rápidas e precisas durante um socorro.
Comprado por R$ 228 mil, o HazMatID 360 é acoplado a uma caixa plástica que o protege e possui visor touchscreen. A forma de trabalho consiste na análise, por meio de um laser que atinge a amostra, e, conforme a variação da luz que atravessa o material, é possível conhecer todos os detalhes do produto colhido em uma pequena “bandeja”.
“Com o resultado da análise apresentado em gráfico, podemos comparar com o que temos na nossa biblioteca e conhecer o tipo de substância que estamos tratando. As análises são precisas, e, à medida que surgem produtos que não são conhecidos do equipamento, podemos incluí-los na biblioteca”, explicou o capitão do CBMDF, ao acrescentar que a corporação recebeu duas unidades desse detector.
Pouco menor, mas não menos importante, o Responder, também fabricado nos Estados Unidos e comprado pelo GDF, em duas unidades, por R$ 140 mil cada uma, é um instrumento que identifica substâncias químicas dentro de frascos, sem a necessidade de abri-los.
Nesse caso, é possível fazer a inspeção tanto em pequenos recipientes, colocados dentro do equipamento, quanto em grandes, que precisam apenas estar perto da máquina, em uma das portas especiais de análise, localizada em uma das laterais.
De acordo com o capitão Rasia, essa ferramenta pode ser utilizada para verificação de químicos nos estados líquido, sólido ou particulado. O Responder foi utilizado em teste, no Lago Paranoá, no derramamento de óleo ocorrido em janeiro, e é útil, assim como os outros, no atendimento a desastres ambientais.
“Com ele podemos rapidamente saber se o tipo de óleo é cancerígeno ou inflamável. Isso ajuda a fazer a contenção do produto, além de determinar como tratar o caso”, acrescentou o militar.
Outro dispositivo de alta precisão é o RadSeeker CS, um detector portátil de radiação; cada uma das quatro unidades adquiridas custaram R$ 118,9 mil aos cofres públicos. Projetado para atender especificamente o Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS), segundo o fabricante, a ferramenta é usada para captar e identificar ameaças nucleares variadas.
Com o RadSeeker CS é possível que as equipes do Corpo de Bombeiros, durante uma ocorrência com produtos químicos, faça a análise do local e uma avaliação da ameaça. Também foram comprados dois dosímetros radiológicos (caixinhas amarelas) que medem a radiação da área.
DESTAQUE – O quarto instrumento adquirido pelo CBMDF, que investiu R$ 450 mil em duas unidades, é destinado à análise biológica. Dotado de cinco compartimentos, o aparelho consegue reconhecer grande quantidade de material em um espaço de tempo curto.
“Esse equipamento trabalha com chips e pode identificar múltiplas classes de patógenos e genes simultaneamente. Foi o primeiro do mundo a detectar o vírus H1N1, em tempo operacional. Então, em aproximadamente uma hora, ele já dá a resposta se existe ou não a presença desse agente biológico”, frisou Rasia.
Com o uso conjunto desse equipamento e de outro que está sendo adquirido pela corporação, será possível fazer a análise do ar. Esse último também é utilizado na segurança do primeiro ministro francês para evitar ataques químicos e agora será empregado para a segurança da população do DF.
Todos os aparelhos adquiridos, de acordo com Rasia, serão operados durante os jogos da Copa do Mundo de 2014, o que coloca o Corpo de Bombeiros do DF como referência no segmento em todo o país. Ao todo, em oito anos de preparação da corporação para o mundial, foram gastos mais de R$ 400 milhões de verba própria do CBMDF.
(F.M/C.L*)