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09/01/2020 às 11:51, atualizado em 09/01/2020 às 18:05
Lugar é referência regional em diagnóstico para raiva e leishmaniose. Os técnicos fazem visitas domiciliares para orientação, observação ou recolhimento de animais
O Centro de Controle de Zoonoses do Distrito Federal é responsável por uma gama de serviços que têm o foco na saúde pública e ainda conta com o suporte de um laboratório que é referência regional.
Além da vacina antirrábica que é oferecida, de forma gratuita, durante todo o ano e em campanhas, há a realização de feiras de adoções responsáveis de animais. Mas o Centro de Zoonoses da Secretaria de Saúde (SES) também cuida da vigilância no controle de doenças virais, que incluem ações de educação em saúde, visitas domiciliares, pesquisa e diagnósticos de doenças.
Para reforçar o trabalho no controle de doenças como a raiva, febre amarela, leishmaniose, leptospirose e hantavirose, o centro conta com um suporte de profissionais qualificados e de laboratórios que são referências na região.
Os laboratórios de Diagnóstico de Leishmaniose Visceral Canina e o de Vigilância para Animais Silvestres têm parceria com acadêmicos e pesquisadores por meio de um convênio com a Universidade de Brasília. Nesses laboratórios são estudados os hábitos dos animais silvestres e sinatrópicos, aqueles que se adaptaram a viver junto ao homem, como pombos e ratos, o ciclo da raiva, além da realização de diagnósticos com testes rápidos.
Feiras de adoção
As feiras de adoção promovidas pela Zoonoses já são bem conhecidas por todos no Distrito Federal. Até outubro do ano passado, foram adotados 143 cães e 99 gatos.
Os animais disponíveis são aqueles recolhidos em situação de rua ou que invadiram vias públicas. Eles são avaliados para descartar a existência de raiva e de leishmaniose, recebem vacina, são castrados pelo Instituto Brasília Ambiental e liberados para adoção.
A próxima feira está programada para fevereiro, ofertando cães e gatos, filhotes e adultos. Para adotar um dos bichos é necessário ter acima de 18 anos, apresentar um documento de identificação com foto e um comprovante de residência. O futuro tutor deve assinar um documento de posse responsável, se comprometendo a cuidar bem do animal, a realizar exames anuais, aplicar as vacinas necessárias e a administrar vermífugo.
Atendimento
Visando minimizar os riscos de transmissão de doenças, a Zoonoses oferece palestras educativas em escolas e demais órgãos públicos, com sugestões de medidas preventivas e orientações sobre os cuidados com os animais domésticos e os riscos dos animais silvestres.
O centro também realiza visitas domiciliares para orientação, observação ou recolhimento de animais domésticos que oferecem riscos à saúde pública (suspeitos de umas das doenças como a raiva ou a Leishmaniose Visceral Canina) e ainda de animais silvestres para a investigação da circulação da raiva.
“As pessoas precisam nos visitar e conhecer o nosso trabalho em sua totalidade. Com isso, podem desmistificar alguns mitos em relação às ações da gerência das zoonoses e entender que o nosso trabalho tem ações mais amplas com foco na saúde pública”, destaca o gerente da Zoonose, Jadir Costa Filho.
A professora Marildes Pereira, de 43 anos, visitou a unidade esta semana e mudou sua percepção sobre o local. “É a primeira vez que eu venho aqui, achava que o serviço era exclusivo para vacinar os animais. É muito bom conhecer as atividades desenvolvidas no centro, pois o trabalho é importante para a saúde dos animais e para a nossa saúde”, pontua.
A solicitação de visita domiciliar deve ser agendada por meio de telefone (61) 2017-1342 ou do e-mail gvaz.dival@saude.df.gov.br
Voluntariado
Dentro das ações desenvolvidas pela gerência de zoonoses está a criação de um programa de voluntários, que visa integrar pessoas nos cuidados com os animais que se encontram no Centro.
“O trabalho social desses voluntários promove bem-estar animal, pois eles passeiam, alimentam e acompanham nos cuidados e na atenção desses animais”, ressalta o gerente, Jadir Costa.
Apesar de já receber voluntários, as atividades e a formação de equipe de pessoas que vão para ajudar ainda estão em estruturação. Eles deverão auxiliar na realização das feiras de adoção, na divulgação dos animais que estão disponíveis e ajudar nas ações do centro.
“O trabalho voluntário é muito importante e tem feito a diferença não só para os animais, como também para os servidores que trabalham na instituição, pois percebem que os animais estão mais felizes e com uma perspectiva de vida melhor”, pontua a voluntária Gabriela Cardoso, de 31 anos.
* Com informações da Secretaria de Saúde-DF