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26/02/2014 às 21:30

Educação integral cresceu quase 60% no DF

Em quatro anos, investimento no setor aumentou mais de mil por cento

Por Vaneska Freire, da Agência Brasília


. Foto: Pedro Ventura / Arquivo

BRASÍLIA (26/2/14) – A oferta de educação em tempo integral no DF aumentou cerca de 60% em quatro anos. Em 2014, mais de 52,6 mil alunos foram matriculados no ensino integral- em 2011, o DF tinha apenas 33 mil estudantes nessa jornada. O crescimento gradativo vem acompanhado de investimentos na estrutura escolar.

 

A educação integral foi destaque no Censo do Ministério da Educação (MEC), divulgado nessa terça-feira (25). De 2010 a 2013, o número de matrículas em educação integral, no ensino fundamental, cresceu 139% no Brasil, chegando a 3,1 milhões de estudantes.

 

Segundo dados da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEDF), os investimentos na educação integral do DF passaram de R$ 457 mil, em 2011, para mais de R$ 6 milhões previstos para 2014, além dos R$ 7 milhões que devem ser repassados pelo Ministério da Educação.

 

O secretário de Educação, Marcelo Aguiar, afirmou que “a instituição escolar de educação integral é irreversível. Ela será o instrumento de mudança do quadro social brasileiro. Decretará o fim da exposição da criança e do jovem às influências sociais”.

 

“O principal objetivo é ampliar as possibilidades educacionais para que os estudantes tenham acesso a espaços e conhecimentos que, muitas vezes, são limitados pela jornada escolar parcial”, afirmou o coordenador de Educação Integral, da Secretaria de Educação, Jeovany Machado.

 

O GDF iniciou, neste ano, projeto-piloto de educação integral nas escolas de Brazlândia. Na cidade, todas as escolas urbanas e parte das escolas rurais terão atividades em tempo integral.

 

“O diferencial de Brazlândia é que toda a cidade estará envolvida, da educação infantil ao ensino médio, com atendimento inicial de 6 mil estudantes. Este ano, o projeto-piloto servirá para podermos avaliar, estruturar e, com isso, ampliar para todas as escolas do DF, nos próximos anos”, garantiu Machado.

 

Os alunos da educação em tempo integral têm acompanhamento pedagógico e participam de atividades de música, artes plásticas, teatro, iniciação cientifica, esporte, língua estrangeira, além de serem preparados para o mundo do trabalho.

 

MATRÍCULAS – Outro ponto de destaque foi a diminuição de 1% nas novas matrículas na educação básica. A maior redução, 2,8%, ocorreu nos anos finais do ensino fundamental. Essa queda é explicada pela acomodação do sistema de ensino ao tamanho da população e à melhoria do fluxo escolar, o que reduziu as taxas de reprovação.

 

Segundo o subsecretário de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação Educacional da SEDF, Fabio Sousa, a redução da quantidade de matrículas não significa que há crianças fora da escola.

 

“A baixa taxa de natalidade no Brasil, inclusive no DF, acaba diminuindo a entrada na escola. Hoje, atendemos 100% dos jovens de 6 a 17 anos. Com isso, a entrada é somente no primeiro ano da educação básica. No DF, temos apenas 2% de evasão escolar”, afirmou o subsecretário.

 

(V.F./I.M*.)