28/02/2014 às 15:45

Museu proporcionará viagem à história da educação do DF

Novo espaço será uma réplica fiel da primeira escola de Brasília, construída para filhos dos pioneiros na década de 1950

Por Kelly Ikuma, da Agência Brasília

 BRASÍLIA (26/2/14) – Um acervo com o cotidiano de professores e alunos na época da construção da capital do país será disponibilizado, até novembro, com a inauguração do Museu da Educação. Réplica fiel da primeira escola de Brasília, que levava o nome de Júlia Kubitschek, mãe do então presidente JK, o espaço promete uma verdadeira viagem à história, com documentos garimpados em 15 anos de pesquisa.

 

Segundo o secretário de Educação, Marcelo Aguiar, o projeto, originado de um estudo da Universidade de Brasília, será realizado em parceria entre as secretarias de Cultura e de Educação. “O museu vem para resgatar a história da educação no DF sob o olhar dos professores. Além disso, é uma homenagem aos nossos primeiros docentes”, declarou.

 

Com o início das obras previsto para julho, o novo espaço ocupará uma área de dois hectares do Parque Vivencial e Ecológico da Candangolândia, cidade-sede da primeira unidade de ensino. “A escola não existe mais. Foi destruída. Por isso queremos retomar essa construção que seguiu a mesma linha arquitetônica do Catetinho”, afirmou a coordenadora do Grupo de Trabalho do Museu da Educação, Eva Wairos.

 

Com projeto original de Oscar Niemeyer, o museu trará 300 depoimentos de educadores e gestores que vivenciaram a implantação do Plano de Educação, entre 1956 e 1964. Além disso, os visitantes terão acesso a fotos, documentos em papel, áudios, vídeos e ao Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, datado de 1932, que vislumbrava a possibilidade de interferir na organização da sociedade brasileira do ponto de vista da educação.

 

“O projeto resgata a educação básica desde a época das escolas provisórias. Essa é uma forma de valorizar os professores, alunos e a sociedade como um todo. Esse museu será importante para Brasília como também para o Brasil, dada as características de sintetizar ideias de renovação da educação brasileira”, relatou Wairos, também professora da Universidade de Brasília (UnB).

 

“A visitação gratuita será aberta ao público e fará parte da programação pedagógica das escolas. O espaço também deve ser integrado ao Museu Vivo da Memória Candanga, pois os dois ficarão próximos”, garantiu Aguiar.

 

E não será somente o museu que proporcionará uma volta ao passado. Na entrada da nova estrutura será construída uma minicidade, com a reprodução de uma casa da época, padaria, banco e um jardim com 500 árvores do cerrado. Esses locais, segundo a coordenadora do grupo, não servirão apenas para visitação, já que eles oferecerão atividades como tecelagem e outros cursos para a capacitação de alunos.

 

(K.I./J.S*)